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OUTRO LADO
Problema caiu, diz secretário
DA REPORTAGEM LOCAL
Carlos Zarattini, secretário municipal das Subprefeituras, contesta as críticas ao Tigrão e afirma
que a poluição visual está diminuindo na cidade.
Seu principal argumento é o aumento da procura pela regularização de anúncios publicitários em
São Paulo. Houve 77 pedidos em
2001, 249 em 2002 e 31.898 no ano
passado. Zarattini, no entanto,
não soube dizer quantos foram
concedidos e nem qual o número
aproximado de anúncios irregulares hoje na cidade.
Estima-se que São Paulo tenha 6
milhões de anúncios, entre os indicativos (placa com o nome de
um bar na frente do estabelecimento, por exemplo) e os publicitários. A Central de Outdoors, que
vê um aumento na quantidade de
infrações, pede nova regulamentação para facilitar a concessão de
autorizações.
Uma das maiores dificuldades
da prefeitura é a burocracia. Há
milhares de processos na fila da
regularização. Um bom exemplo
é o outdoor de 2.000 metros quadrados instalado na esquina da
marginal Pinheiros com a avenida Juscelino Kubitscheck, na região oeste da cidade, um dos
maiores do mundo.
A empresa, que afirma estar
dentro da lei, pediu há um ano a
regularização da papelada. Espera
até hoje uma resposta.
Para Zarattini, o Tigrão faz parte de um processo de conscientização que pode demorar "dois ou
três anos para entrar no eixo".
Selma Strublic, gerente de projetos da Trends, empresa responsável pela operação do Tigrão, diz
que a oscilação do número de
multas é esperada. "Há meses em
que fiscalizamos mais a região
central, que concentra a publicidade irregular", explica.
Confrontada com o aumento de
multas nos dois primeiros meses
de 2004, ela respondeu: "Devem
ser os cavaletes temporários de
empreendimentos imobiliários
que, normalmente, se multiplicam no verão."
(FS)
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