São Paulo, domingo, 28 de março de 2004

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OUTRO LADO

Problema caiu, diz secretário

DA REPORTAGEM LOCAL

Carlos Zarattini, secretário municipal das Subprefeituras, contesta as críticas ao Tigrão e afirma que a poluição visual está diminuindo na cidade.
Seu principal argumento é o aumento da procura pela regularização de anúncios publicitários em São Paulo. Houve 77 pedidos em 2001, 249 em 2002 e 31.898 no ano passado. Zarattini, no entanto, não soube dizer quantos foram concedidos e nem qual o número aproximado de anúncios irregulares hoje na cidade.
Estima-se que São Paulo tenha 6 milhões de anúncios, entre os indicativos (placa com o nome de um bar na frente do estabelecimento, por exemplo) e os publicitários. A Central de Outdoors, que vê um aumento na quantidade de infrações, pede nova regulamentação para facilitar a concessão de autorizações.
Uma das maiores dificuldades da prefeitura é a burocracia. Há milhares de processos na fila da regularização. Um bom exemplo é o outdoor de 2.000 metros quadrados instalado na esquina da marginal Pinheiros com a avenida Juscelino Kubitscheck, na região oeste da cidade, um dos maiores do mundo.
A empresa, que afirma estar dentro da lei, pediu há um ano a regularização da papelada. Espera até hoje uma resposta.
Para Zarattini, o Tigrão faz parte de um processo de conscientização que pode demorar "dois ou três anos para entrar no eixo".
Selma Strublic, gerente de projetos da Trends, empresa responsável pela operação do Tigrão, diz que a oscilação do número de multas é esperada. "Há meses em que fiscalizamos mais a região central, que concentra a publicidade irregular", explica.
Confrontada com o aumento de multas nos dois primeiros meses de 2004, ela respondeu: "Devem ser os cavaletes temporários de empreendimentos imobiliários que, normalmente, se multiplicam no verão." (FS)


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