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ATENTADO
Havia oito pessoas no local, mas ninguém ficou ferido
Bando dispara mais de 50 tiros em delegacia de polícia de Suzano
DO AGORA"
Mais de 50 tiros de submetralhadora e fuzil -armas de uso exclusivo das Forças Armadas- foram disparados na noite de anteontem contra a delegacia central de Suzano (Grande SP).
Havia oito pessoas no local
-sete policiais e uma mulher que
registrava um boletim de ocorrência. Elas se abrigaram debaixo
de móveis e não ficaram feridas.
Além do prédio, três carros da polícia ficaram danificados.
Dois dos carros usados pelos
bandidos foram abandonados
-em um deles havia uma granada. A polícia diz acreditar que o
ataque possa ser uma resposta a
ações de repressão ao tráfico de
drogas na região. Até a conclusão
desta edição, ninguém havia sido
preso.
O ataque aconteceu às 20h10 de
domingo, durante a troca de turno dos policiais. Cinco policiais
civis, dois militares e uma comerciante de 54 anos, que registrava
um boletim de ocorrência, estavam no local quando dois carros,
um EcoSport e um Palio Weekend, ambos pretos, pararam na
entrada do distrito, na rua Benjamin Constant.
Quatro homens desceram dos
dois carros e dispararam contra o
prédio durante cerca de dois minutos. Dois policiais, que estavam
do lado de fora da delegacia, sofreram escoriações ao tentarem se
proteger dos tiros.
Os atiradores fugiram, mas
abandonaram os veículos perto
do velório municipal após o ataque. Dentro de um deles, havia
uma granada verde, possivelmente de origem das Forças Armadas.
O artefato foi detonado pelo Deic
(Departamento de Investigações
sobre o Crime Organizado) em
um terreno baldio.
Testemunhas disseram à polícia
que os suspeitos da ação, depois
de abandonar os dois carros, fugiram em um Astra claro. Segundo
a polícia, o Palio foi roubado na
última terça-feira no bairro da Vila Rica (zona leste da capital), e o
EcoSport tem o número do chassis clonado.
Há suspeitas de que a prisão de
um dos líderes do tráfico na região tenha motivado o atentado.
Gilmar da Hora Lisboa, 25, o Pebinha, foi preso há aproximadamente dez dias em Mauá (Grande
SP) e é apontado como um dos líderes do tráfico no bairro Miguel
Badra, em Suzano. Segundo a polícia, há indícios de que ele pertença à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
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