São Paulo, domingo, 28 de março de 2010

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Avô materno diz estar satisfeito com decisão

Vestindo uma camiseta com a foto de Isabella, José, pai de Ana Carolina Oliveira, afirmou que tirou um peso das costas

Mãe de Isabella ficou em seu apartamento durante a sentença e, bastante emocionada, só conseguiu adormecer após as 6h

DA FOLHA ONLINE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

O avô materno de Isabella Nardoni afirmou na manhã de ontem que está satisfeito com a condenação do casal Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá, pai e madrasta da criança.
Segundo José Oliveira, que vestia uma camiseta com a foto da neta ao sair do prédio onde mora, na manhã, a mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira, ficou bastante emocionada e agitada após a divulgação da sentença do casal e ficou a madrugada acordada, dormindo apenas depois das 6h.
"Esperei dois anos por isso. Tirei um peso das costas", afirmou o avô, que acompanhou o resultado do julgamento no Fórum de Santana. Os avós maternos e dois tios de Isabella ficaram de mãos dadas durante a leitura da sentença.
A mãe de Isabella não estava no fórum, mas, após a condenação, apareceu na sacada do apartamento onde mora na Vila Maria (zona norte) por alguns instantes. Ela foi aplaudida por vizinhos que acompanhavam o fim do caso e até pelos jornalistas.
Ana Carolina Oliveira não desceu nem sequer para pegar flores que lhe mandaram na noite de sexta e ontem pela manhã. Segundo a família, ela acordou por volta das 12h.
Durante o júri, ela ficou retida a pedido da defesa dos réus, e foi liberada após ter diagnóstico de estado agudo de estresse.

Glória Perez
A novelista Glória Perez festejou em seu twitter a condenação do casal Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá pelo assassinato em março de 2008 da menina Isabella, filha de Nardoni e enteada de Jatobá. "A justiça foi feita!", escreveu.
A novelista, que acompanhou o julgamento desde terça-feira, no plenário do Fórum de Santana, classificou a sentença de "dura e belíssima" e destacou o trabalho do juiz Maurício Fossen, que "sublinhou a crueldade e a frieza do casal". Para a autora, o promotor Francisco Cembranelli foi "brilhante!"
Glória Perez creditou à campanha movida por ela, em 1993, a mudança na legislação que permitiu enquadrar homicídio qualificado como crime hediondo, resultando em penas mais longas impostas à Nardoni e Jatobá.
Após sua filha, a atriz Daniella Perez, ter sido assassinada em dezembro de 1992 pelo ator-e par romântico da novela "De Corpo e Alma"- Guilherme de Pádua e pela então mulher deste, Paula Thomaz, a autora coletou 1,3 milhão de assinaturas, o que resultou numa emenda popular para alterar a lei vigente à época.


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