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Moradora é barrada na própria garagem
DA REPORTAGEM LOCAL
Não ter vaga para pôr o carro
em sua própria garagem já virou
um problema rotineiro para a decoradora Solange Boeta, 54.
Morando a pouco metros da Vila Boim, local de concentração de
barzinhos, no bairro de Higienópolis (zona oeste), ela contou que
várias vezes teve que ficar acordada até tarde esperando que o dono do veículo parado em sua garagem saísse do barzinho e desocupasse a vaga. "Descia de pijama
para poder guardar meu carro",
comentou.
As inúmeras ligações feitas ao
156 pedindo o serviço de guincho
nunca tiveram resultado. Na manhã de ontem, ao chegar em casa
por volta das 12h, ela encontrou
um carro desconhecido parado
na sua garagem. Depois de esperar cerca de duas horas, resolveu
tentar pedir ajuda ao serviço 156.
Após quatro minutos na linha,
uma pessoa a atendeu. Solange
explicou o problema e foi orientada a aguardar na linha. Passaram-se vários minutos sem que ninguém se comunicasse com ela.
Nesse intervalo, a dona do carro
chegou, tentou dar uma desculpa
sobre o estacionamento em local
proibido e deixou o local. Solange
continuou na linha, aguardando
alguém atendê-la.
Acabou a musiquinha do serviço 156, o telefone ficou mudo e a
ligação caiu. Foram quase 15 minutos de espera sem resultado.
Da última vez que ela conseguiu
falar com o 156, há um mês, foi informada que sua solicitação não
seria atendida porque havia serviços mais urgentes na rua. Nesse
dia, ela teve que ficar acordada até
às 2h esperando que o dono do
carro aparecesse. "Dá vontade de
esvaziar os pneus", afirma.
Morador da Vila Nova Conceição (zona sul), Abrahão Badra,
66, diretor do Instituto de Engenharia, também reclama de não
ter sido atendido quando pediu
guinchos. Segundo ele, foram
mais de 200 telefonemas no ano
passado. "É carro parado na esquina, obrigando quem vira a entrar na contramão, é carro tomando conta da calçada, obrigando os
pedestres a andar na rua. A vida
no bairro fica totalmente comprometida."
(A.I. E L.B.)
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