São Paulo, quinta-feira, 28 de abril de 2005

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Área é único remanescente da baía original

Ana Carolina Fernandes/Folha imagem
Garotos observam saída de esgoto, na área atingida por vazamento


DA SUCURSAL DO RIO

A APA (Área de Proteção Ambiental) de Guapimirim, hoje ameaçada pelo vazamento de 60 mil litros de óleo diesel, era, de acordo com o oceanógrafo e professor da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) David Zee, "a região menos impactada da baía de Guanabara, um remanescente do que era a baía na época do descobrimento". "Se eu pudesse escolher qualquer lugar para não acontecer um acidente como esse, seria essa área de Guapimirim", disse o oceanógrafo.
A área de proteção situa-se na parte leste da baía de Guanabara. Seus manguezais, entre os municípios de Magé, Guapimirim, Itaboraí e São Gonçalo, ocupam um espaço total de cerca de 14 mil hectares -140 km2.
Apesar da poluição do restante da baía, o manguezal ainda guarda bolsões de água limpa e uma fauna única nas imediações do Rio de Janeiro.
Em janeiro de 2000, uma falha em um duto da Reduc (Refinaria Duque de Caxias) provocou o derramamento de 1,29 milhão de litros de óleo na baía, o pior acidente do tipo nos últimos anos.
O vazamento, embora distante da Área de Proteção Ambiental de Guapimirim, também contribuiu para piorar a situação ambiental da região. (RAFAEL CARIELLO)


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