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Fiscais cercam área no centro
DA REPORTAGEM LOCAL
Por determinação da Administração Regional da Sé, 200 fiscais
cercaram o quadrilátero formado pelas avenidas São João e Ipiranga
e pelas ruas Conselheiro Crispiniano e Sete de Abril -região
central da cidade- para evitar a atuação de camelôs irregulares.
A assessoria de imprensa da regional nega que o reforço tenha
sido adotado depois da reportagem mostrada na sexta-feira, pela
Rede Globo, em que fiscais arrecadavam propina de camelôs e os
deixam trabalhar.
A decisão de "cercar" a área foi tomada, segundo a assessoria, na
sexta pela Comissão Permanente de Ambulantes, para evitar que
camelôs sem Termo de Permissão de Uso (TPU) trabalhassem.
Ontem, só puderam montar barracas no quadrilátero camelôs
que tivessem os TPUs ou documentos que comprovassem que
tinha recurso tramitando na prefeitura. A regional informou que
não houve confusão durante a
operação e que cerca de 150 camelôs foram impedidos de montar
barracas. Hoje o número de fiscais deve diminuir para 50.
Alívio
Para os ambulantes, a denúncia de cobrança de propina fez aumentar a vigilância.
"Em uma semana tudo volta ao normal", disse um camelô, que
revelou que paga propina. "É melhor pagar R$ 10 ou R$ 15 por semana e poder trabalhar."
Para os que possuem TPU, a ausência dos ilegais ontem foi um
alívio. Só assim Vera Lucia Pereira Alves pôde ir para o local determinado pela regional, que era
ocupado por ilegais. Ela não deixou de se preocupar com quem ficou sem trabalhar. "Está difícil
para todo mundo."
Quem corria o risco de ter as
mercadorias apreendidas esperava uma folga da fiscalização. "Como vou sustentar minha filha?",
questionou Hilda Amorim, 27.
De acordo com a regional, cerca
de 230 camelôs puderam trabalhar no quadrilátero. O número
ideal, segundo ela, é 145.
Colaborou o "Agora"
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