São Paulo, terça-feira, 28 de maio de 2002

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Fiscais cercam área no centro

DA REPORTAGEM LOCAL

Por determinação da Administração Regional da Sé, 200 fiscais cercaram o quadrilátero formado pelas avenidas São João e Ipiranga e pelas ruas Conselheiro Crispiniano e Sete de Abril -região central da cidade- para evitar a atuação de camelôs irregulares.
A assessoria de imprensa da regional nega que o reforço tenha sido adotado depois da reportagem mostrada na sexta-feira, pela Rede Globo, em que fiscais arrecadavam propina de camelôs e os deixam trabalhar.
A decisão de "cercar" a área foi tomada, segundo a assessoria, na sexta pela Comissão Permanente de Ambulantes, para evitar que camelôs sem Termo de Permissão de Uso (TPU) trabalhassem.
Ontem, só puderam montar barracas no quadrilátero camelôs que tivessem os TPUs ou documentos que comprovassem que tinha recurso tramitando na prefeitura. A regional informou que não houve confusão durante a operação e que cerca de 150 camelôs foram impedidos de montar barracas. Hoje o número de fiscais deve diminuir para 50.

Alívio
Para os ambulantes, a denúncia de cobrança de propina fez aumentar a vigilância.
"Em uma semana tudo volta ao normal", disse um camelô, que revelou que paga propina. "É melhor pagar R$ 10 ou R$ 15 por semana e poder trabalhar."
Para os que possuem TPU, a ausência dos ilegais ontem foi um alívio. Só assim Vera Lucia Pereira Alves pôde ir para o local determinado pela regional, que era ocupado por ilegais. Ela não deixou de se preocupar com quem ficou sem trabalhar. "Está difícil para todo mundo."
Quem corria o risco de ter as mercadorias apreendidas esperava uma folga da fiscalização. "Como vou sustentar minha filha?", questionou Hilda Amorim, 27.
De acordo com a regional, cerca de 230 camelôs puderam trabalhar no quadrilátero. O número ideal, segundo ela, é 145.


Colaborou o "Agora"


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