São Paulo, sexta-feira, 28 de maio de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Servidores e Estado chegam a impasse em SP

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Paralisados desde o dia 10, os servidores da Saúde de São Paulo chegaram a um impasse na negociação com o Estado. O governo divulgará o balanço do quadrimestre, que determina se haverá verba para reajuste, só na terça-feira, algumas horas depois da assembléia dos servidores em que será decidido o futuro da greve.
A audiência pública que irá divulgar os gastos e receitas do governo estava marcada para ontem. Mas, como foi o último dia para a entrega de emendas da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), o presidente da comissão de finanças e orçamento, deputado Luiz Gonzaga (PSDB), adiou a audiência para terça, às 14h30. A reunião de servidores será às 10h.
Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde do Estado de São Paulo (SindSaúde-SP), Ângelo Agostini Júnior, o adiamento da audiência força os servidores a continuar a greve por tempo indeterminado.
Agostini afirmou que tentará negociar antes da divulgação pública do balanço das contas do governo para que tenha alguma proposta aos servidores na assembléia de terça. Caso contrário, a greve continua.
A assessoria do governo do Estado disse que o reajuste salarial só será discutido depois do final deste mês e qualquer proposta só será feita se a greve for interrompida para negociação.
De acordo com a secretaria de Estado da Saúde, são 1.038 os servidores paralisados, em 20 unidades. O cálculo é baseado no número de funcionários que não assinaram o ponto ontem.
Para o SindSaúde, são cerca de 38 mil servidores em greve. O sindicato soma todos os servidores de hospitais com atendimento prejudicado. (PATRÍCIA PEREIRA)


Texto Anterior: Saúde: Doença misteriosa mata mais um no DF
Próximo Texto: Paralisação da USP reduz ainda mais os atendimentos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.