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Paralisação da USP
reduz ainda mais
os atendimentos
DAS REGIONAIS
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A greve dos funcionários e professores da Universidade de São
Paulo, iniciada ontem, ajudou a
reduzir ainda mais a oferta de
atendimento a pacientes em unidades de saúde pública, já comprometida pela greve dos servidores estaduais da saúde.
Na capital e em Ribeirão Preto,
unidades ligadas à universidade
paralisaram parte de suas atividades. Em São Paulo, o Centro de
Saúde Escola Butantã suspendeu
suas atividades não-essenciais.
Cerca de 75% dos pacientes que
procuraram o centro ontem não
foram atendidos. Por dia, esse
posto atende de 300 a 400 pessoas.
Foram mantidos os atendimentos
a casos de urgência e a pacientes
que não podem ficar sem acompanhamento contínuo.
O diretor do Sintusp (Sindicato
dos Trabalhadores da USP), Magno de Carvalho, disse que o hospital universitário tem possibilidade de parar. A assembléia que decidirá pela greve dos servidores
do hospital será realizada na próxima semana, mas ainda não tem
dia marcado, disse Carvalho.
Interior
Em Ribeirão Preto, a greve provocou o cancelamento de consultas na UBDS (Unidade Distrital
Básica de Saúde) do Sumarezinho
e a suspensão de vários serviços
no campus, como o de tratamento dentário.
Há 18 dias, os pacientes sentem
dificuldade para fazer consultas e
cirurgias devido à greve dos servidores da saúde no Estado, que
atinge as duas unidades do HC
(Hospital das Clínicas) e o NGA
(Núcleo de Gestão Assistencial).
Na UBDS do Sumarezinho,
aproximadamente 75% das consultas de pronto-atendimento e
70% da consultas agendadas foram canceladas ontem. De acordo
com dados fornecidos pela Secretaria Municipal da Saúde, normalmente, cerca de mil consultas
por dia são realizadas na unidade.
"Não há como manter o atendimento normal. Se os funcionários
que cuidam do fichário param,
por exemplo, os médicos não
conseguem atender sem ter em
mãos um histórico", afirmou a diretora técnica da unidade, Maria
do Carmo Caccia-Bava.
Oitenta dos 300 funcionários do
posto são contratados pela USP,
assim como metade dos 40 médicos. De acordo com o Sintusp, todos os profissionais ligados à universidade aderiram à greve.
Com a paralisação parcial no
Sumarezinho, os pronto-atendimentos estão sendo encaminhados para a UBDS Central, que registrou ontem um aumento de
20% no número de pacientes. A
unidade do Sumarezinho atende
pacientes de oito unidades de saúde localizadas na zona oeste e norte da cidade. Os pacientes estão
passando por uma triagem médica na portaria da unidade.
Em Campinas, o Sindicato dos
Trabalhadores da Unicamp
ameaça paralisar a área da saúde a
partir da próxima segunda-feira,
caso não haja acordo na reunião
do Cruesp hoje.
"O pessoal da área da saúde sinalizou positivamente em aderir
ao movimento a partir da semana
que vem, caso a gente não encontre uma solução", afirmou João
Raimundo Mendonça de Souza,
coordenador do sindicato.
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