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UNIVERSIDADES
Hoje há negociação entre sindicatos e reitores
Greve de professores e funcionários da USP começa com piquete no campus
FERNANDA MENA
DA REPORTAGEM LOCAL
FERNANDA BASSETE
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
Professores e funcionários da
USP (Universidade de São Paulo)
iniciaram ontem paralisação com
a realização de piquetes por funcionários -que impediram o
acesso à prefeitura do campus,
aos dois restaurantes da universidade, ao centro de práticas esportivas e à antiga reitoria.
O Sintusp, sindicato dos funcionários, calculou em mais de 70% a
adesão à greve. Já a Adusp, a associação de docentes da universidade, avaliou em 50% a adesão dos
professores.
"Fizemos um levantamento de
adesões anteriores e nunca tivemos tamanha mobilização em
um primeiro dia de paralisação
na USP", afirmou Magno de Carvalho, presidente do Sintusp.
Segundo a Adusp, pelo menos
quatro unidades da USP permaneceram "quase 100%" paralisadas e outras várias interromperam parcialmente as atividades,
assim como os campi de Ribeirão
Preto, de São Carlos, de Piracicaba e de Pirassununga.
A reitoria da USP contestou os
números de adesão apresentados
pelos sindicatos, alegando que a
paralisação foi menor e que a
maior parte das unidades funcionou normalmente.
Negociações
Os professores e funcionários
da USP, da Unesp (Universidade
Estadual Paulista) e da Unicamp
reivindicam 16% de reajuste salarial e aumento do repasse da arrecadação do ICMS para as universidades estaduais paulistas de
9,57% para 11,6%.
Até agora, em duas rodadas de
negociação, o Cruesp (conselho
de reitores das universidades paulistas) propôs 0% de aumento salarial sob a justificativa de não
possuir recursos disponíveis. A
proposta foi rejeitada.
O sindicato dos funcionários sai
em caravana de 20 ônibus hoje
para Campinas para acompanhar
a terceira rodada de negociações
com o Cruesp, na Unicamp.
Unicamp
Em seu terceiro dia de greve, o
STU (Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp) prepara hoje
uma manifestação de servidores
durante as negociações com o
Cruesp. A expectativa do sindicato é reunir 2.000 funcionários em
frente à reitoria.
Ao menos 2.200 estudantes estão sem aula. De acordo com João
Raimundo Mendonça de Souza,
coordenador do sindicato, 5.280
professores e funcionários ficaram parados ontem. A Unicamp
informou, por meio de uma nota
oficial, que quatro das 20 unidades de ensino e pesquisa continuam paralisadas.
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