São Paulo, domingo, 28 de agosto de 2005

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CÓDIGO DA ADRENALINA

Segundo operadoras, proximidade garante despesas menores; capital tem seus próprios atrativos

Circuitos ficam a menos de 100 km de SP

DA REPORTAGEM LOCAL

Praticar esportes de aventura, que proporcionam um maior contato com a natureza, sem se afastar muito da metrópole. A proposta, aparentemente paradoxal, tem dado certo em São Paulo. A menos de 100 km da capital é possível encontrar espaços para atividades como rapel, mergulho, asa-delta e rafting.
"O pessoal tem buscado fazer essas coisas sem ter de ir para muito longe, porque viajar é caro. O custo para ir até Brotas [a 245 km de São Paulo], por exemplo, é muito alto", afirma Sergio Costa, dono da operadora Eco Venture, referindo-se à cidade mais famosa do Estado quando o assunto é esporte de aventura. Para atender parte dessa demanda, Costa criou, em janeiro, um circuito de arvorismo em Campinas.
Em Bertioga, localizada a 92 km de São Paulo, as principais atrações são as trilhas e as atividades nos rios, afirma Roberto Vita, da Rota 55 Turismo Ecológico. Entre elas está o aquaride -em que o esportista desce um rio deitado sobre uma "banana" inflável.
Para algumas atividades, porém, nem é preciso sair de São Paulo. Ao lado da represa de Guarapiranga (zona sul) há escolas de esportes náuticos, como canoagem e vela. E pelo menos três academias da cidade têm infra-estrutura para a prática de escalada. Na Casa de Pedra, em Perdizes (zona oeste), a parede destinada à atividade chega a 14 metros de altura.
"Treino durante a semana no ginásio e, no fim de semana, vou para alguma rocha fora da cidade", diz André Berezoski, 28, que participou, em julho, do campeonato mundial de escalada. "Em comparação a eles, nossa infra-estrutura é muito pequena."

Restrição
Nem sempre, porém, a relação ambiente urbano/esporte de aventura acaba bem. No início deste mês a prefeitura proibiu a prática de rapel no viaduto Dr. Arnaldo (zona oeste de São Paulo). A ação da prefeitura gerou protestos dos adeptos do esporte.
O crescimento desordenado do setor no Estado levou o deputado Mauro Bragato (PSDB) a apresentar na Assembléia Legislativa um projeto de lei que regulamenta o turismo de aventura. O projeto prevê que as operadoras busquem uma licença da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo para atuar no setor e que enviem ao órgão, mensalmente, demonstrativos de controle de fluxo e de acidentes. (AL)


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