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"Danço para não dançar na vida", afirma selecionada
da Sucursal do Rio
Jéssica Antunes e Luanda Thiago, as duas garotas selecionadas
para o curso de balé de um ano na
Alemanha, nunca tinham saído
do Estado do Rio de Janeiro. No
máximo, viajavam com os pais
até Petrópolis, na região serrana.
Em março, levadas por patrocinadores do projeto, já fizeram um
estágio de 15 dias na Escola de Balé de Berlim e aprenderam algumas palavras de alemão.
Agora vão trocar o cotidiano do
morro do Cantagalo pela rotina
de viver e estudar em um país estranho, sem ninguém da família
por perto. Têm um pouco de medo da viagem, mas prometem não
desistir. "Eu vou ser bailarina de
qualquer jeito. O sacrifício vai valer a pena", diz Jéssica, aluna da 5ª
série de uma escola pública.
A garota mora com a bisavó e
mais oito pessoas numa casa no
morro. A mãe está desempregada
e o pai é faxineiro de um prédio. A
maior emoção de sua vida, conta,
foi quando se apresentou no
Theatro Municipal do Rio, no final do ano passado.
Luanda é filha de uma cabeleireira e de um compositor do morro. "Danço para não dançar na vida", repete, convicta, Luana.
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