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São Paulo, domingo, 28 de setembro de 2003

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Famílias aprovam a escolha que fizeram

DA REVISTA

Na visão dos pais ouvidos pela pesquisa Datafolha, a escola de seus filhos está aprovada: 39% consideram que ela é boa e 33%, ótima. As taxas de ruim e péssimo foram baixas (3% para cada).
Quando o universo se restringe às escolas particulares, a aprovação é ainda maior, com 50% de índice de ótimo e 44% de bom. A nota média atribuída aos colégios pagos foi de 8,4 numa escala de zero e dez. Para a psicopedagoga Neide de Aquino Noffs, 55, professora de metodologia de ensino da Faculdade de Educação da PUC-SP e especialista em ensino básico, essa avaliação reflete uma nova postura dos pais.
"Não se trata de conformismo, mas sim de satisfação e, principalmente, de apostar no projeto pedagógico pensado para longo prazo", observa. "Essa mudança é benéfica para a educação porque nenhum aluno pode ser avaliado em apenas um ano. A instabilidade gera desarticulação e a estabilidade, aproveitamento."
Pode-se considerar uma surpresa a avaliação positiva também das escolas públicas, que obtiveram 7,7 de média. Entre os pais cujos filhos estudam num colégio municipal ou estadual, 37% o consideram bom e 28%, ótimo.
"O problema que cerca a escola pública é a generalização. Há instituições muito boas na cidade, mas as famílias de classe média tendem a achar que todas são muito ruins", diz Maria Silvia Bonini, 56, do Cenpec.
A boa avaliação das escolas é refletida também no grande número de pais que não deseja mudar seus filhos de colégio no próximo ano: 84%. As famílias que desejam efetuar a mudança justificam o descontentamento citando como principais motivos professores (28%), métodos de ensino (24%), falta de organização e disciplina (21%), violência (12%), infra-estrutura (10%), localização e mensalidade (ambas com 9%).
Método de ensino foi o que mais motivou a procuradora do Estado Vera Wolff Bava Moreira, 37, a trocar os filhos Tiago, 8, e Teodoro, 5, de escola. Desapontada com a fusão do colégio Logos (mais liberal) com o Mater Dei (mais conservador) e a escolinha de educação infantil Bem-me-quer, Moreira tirou os filhos do Logos e os colocou no Madre Alix.

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