São Paulo, sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Família de suspeito diz que tem medo de sair na rua

WILLIAN VIEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Familiares de Ademir Oliveira do Rosário, 36, dizem sofrer represálias, ter medo de sair na rua e não poder contar com a proteção da polícia. Eles não têm dúvida que Ademir está envolvido no crime.
"Estas pedras podem matar alguém", reclama a irmã do acusado, Cleusa Oliveira dos Santos, 37, ao mostrar o telhado de casa, rachado por pedras e tijolos jogados na noite de anteontem -segundo ela, por conhecidos das vítimas que querem vingança. "A gente dorme com medo. Se sai na rua os outros olham com cara feia", diz.
O portão de ferro laranja na rua Dom Tomás de Noronha, no Jardim Elisa Maria (zona norte), esconde uma casa onde vivem quatro famílias e 29 pessoas -18 delas crianças, todos netos do pai de Ademir, Armando do Rosário, 72. Com as veias saltando dos braços, Armando diz que não sai mais de casa nem para fazer hemodiálise. "Queria uma proteção aqui até abafar esse negócio."
"Dissemos ontem [anteontem] para o guarda que precisamos de proteção, mas eles não se comoveram", reclama. "Quando a polícia chegar já vai ter acontecido o pior."
A Polícia Militar, por meio de sua assessoria, disse desconhecer o pedido de proteção.
A irmã diz ainda que, no domingo, o irmão ligou para saber se havia a informação sobre algum crime cometido na região. Ela diz que só quando viu a notícia na TV, no dia seguinte, ligou uma coisa à outra.
"Como eles liberaram alguém que tinha problemas?", questiona Cleusa, dizendo que a família sempre preferiu que ele não abandonasse o hospital.


Texto Anterior: Detento confessou as 2 mortes à polícia
Próximo Texto: Médico que liberou suspeito já quis soltar assassino de Liana
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.