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Família de suspeito diz que tem medo de sair na rua
WILLIAN VIEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Familiares de Ademir Oliveira do Rosário, 36, dizem sofrer
represálias, ter medo de sair na
rua e não poder contar com a
proteção da polícia. Eles não
têm dúvida que Ademir está
envolvido no crime.
"Estas pedras podem matar
alguém", reclama a irmã do
acusado, Cleusa Oliveira dos
Santos, 37, ao mostrar o telhado de casa, rachado por pedras
e tijolos jogados na noite de anteontem -segundo ela, por conhecidos das vítimas que querem vingança. "A gente dorme com medo. Se sai na rua os outros olham com cara feia", diz.
O portão de ferro laranja na
rua Dom Tomás de Noronha,
no Jardim Elisa Maria (zona
norte), esconde uma casa onde
vivem quatro famílias e 29 pessoas -18 delas crianças, todos
netos do pai de Ademir, Armando do Rosário, 72. Com as
veias saltando dos braços, Armando diz que não sai mais de
casa nem para fazer hemodiálise. "Queria uma proteção aqui
até abafar esse negócio."
"Dissemos ontem [anteontem] para o guarda que precisamos de proteção, mas eles não
se comoveram", reclama.
"Quando a polícia chegar já vai
ter acontecido o pior."
A Polícia Militar, por meio de
sua assessoria, disse desconhecer o pedido de proteção.
A irmã diz ainda que, no domingo, o irmão ligou para saber
se havia a informação sobre algum crime cometido na região.
Ela diz que só quando viu a notícia na TV, no dia seguinte, ligou uma coisa à outra.
"Como eles liberaram alguém que tinha problemas?",
questiona Cleusa, dizendo que
a família sempre preferiu que
ele não abandonasse o hospital.
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