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Governo de SP diz que não há distinção entre crimes
DA AGÊNCIA FOLHA
A Secretaria da Segurança
Pública de São Paulo afirmou
que "independentemente de
serem referentes a moradores
de rua, todas as ocorrências são
atendidas com o mesmo apreço
e dedicação".
De acordo com a pasta, o índice geral de esclarecimento do
DHPP chega a 46,9% -"[valor]
bem alto se comparado a índices internacionais".
A secretaria disse ainda que o
caso do massacre de 2004 foi
esclarecido com o pedido de
prisão preventiva, à época, de
três pessoas. E que o ocorrido
na Lapa neste mês também foi
solucionado, mas que "ainda há
diligências para encontrar um
dos dois autores, identificado
por foto, no centro, na Lapa e
em Osasco". O outro suspeito
ainda não foi "qualificado".
"Além desses dois casos esclarecidos, vale também informar que outros sete [casos referentes a moradores de rua] foram solucionados entre 2007 e
2008, o que mostra mais uma
vez que não há distinção entre
os tipos de vítimas e investigações", informou a secretaria.
Já o delegado Orly Fraga Filho, do DHPP (Departamento
de Homicídios e Proteção à
Pessoa) de Vitória (ES), reconheceu a dificuldade em elucidar o caso ocorrido na cidade.
"A maior dificuldade da Polícia Civil é a falta de informações. Em crimes contra excluídos dificilmente alguém fala alguma coisa. Na maioria das vezes esses crimes ocorrem de
madrugada, ou seja, não há testemunhas", disse.
Segundo ele, o efetivo da Polícia Civil em Vitória é reduzido. "São cinco policiais no
DHPP para atender toda a capital. E há em torno de mil inquéritos policiais."
Fraga Filho afirmou ainda
que 12 moradores de rua morreram neste ano e alguns casos
foram resolvidos.
"O que não foi elucidado [dos
três mortos a tiros] é bem complexo porque eles incomodavam bastante gente. Há uma faculdade ali próxima, há o comércio", disse. "Até tinha um
suspeito. Houve uma investigação, mas ela não se desenvolveu."
(CA e TR)
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