São Paulo, segunda-feira, 28 de outubro de 2002

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ADMINISTRAÇÃO

Segundo a prefeitura, valor teve de ser corrigido por causa de preço de terrenos e adaptações no projeto

Ampliação de "escolões" elevou custos

DA REPORTAGEM LOCAL

O aumento no custo dos escolões, segundo a prefeitura, se deve a uma série de fatores, como localização, tamanho e qualidade dos terrenos onde serão construídos. A variação dos terrenos, segundo a SSO (Secretaria de Serviços e Obras) é de 10.700 m2 a 68.700 m2.
Além disso, a prefeitura afirma que o projeto passou por diversas modificações, entre elas o aumento da área construída das escolas, de 10.000 m2 para 13.121 m2. O tamanho de bibliotecas, pátios e piscinas e a criação de um ginásio coberto em vez de uma quadra descoberta também teriam influenciado no aumento.
As mudanças e readequações, segundo a SSO, foram em sua maioria resultado de solicitações de outras secretarias que desenvolveram um planejamento com a pasta da Educação.
Sobre o valor de R$ 8 milhões para o custo médio de cada unidade, anunciado no ano passado, a prefeitura afirma que se tratava de uma previsão para o processo de pré-qualificação das empresas que participariam da licitação e que estava desatualizado, uma vez que teria sido calculado com base na tabela de dezembro de 2001.
A verba disponível no Orçamento de 2003 para reformas, ampliações e construções de escolas municipais terá uma redução de 42% em relação à deste ano. Segundo levantamento da assessoria do vereador Roberto Tripoli (PSDB), os recursos para construir e reformar creches, por exemplo, cairão de R$ 41,8 milhões para R$ 26,7 milhões.
A explicação, segundo a Secretaria da Educação, é a redução do plano de obras de 2003 por conta das construções iniciadas em 2002. "Neste ano, vamos começar a construir 117 escolas. Com isso, cerca de 60 obras ficam para o próximo ano. Se diminui a quantidade de obras, diminui o valor no Orçamento", afirma a chefe de gabinete Maria Aparecida Perez.
Segundo Perez, a necessidade de obras vai diminuindo à medida que a demanda vai sendo atingida. "Não se pode achar que todo ano a gente tenha de fazer cem prédios escolares novos", disse.
A expectativa da secretaria é que, até junho, a demanda por escolas para alunos de quatro a seis anos seja atendida. O déficit é de 26 mil vagas para essa faixa etária.
Das 117 escolas previstas para este ano, só 52 serão entregues. A secretaria informou que, por conta de problemas na desapropriação de terrenos, nem todas as obras puderam ser começadas.
Neste mês, a prefeitura transferiu R$ 22,6 milhões da verba destinada à construção e reforma de escolas para a compra de material escolar e uniformes.
(MELISSA DINIZ)


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