São Paulo, sábado, 28 de outubro de 2006

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Brasileira diz que foi agredida na Irlanda

Luzia Procópio afirma que o serviço de imigração impediu sua entrada e que foi acusada de ser prostituta

Bruno Miranda/Folha Imagem
Luzia Procópio, que diz ter sido agredida ao chegar à Irlanda


VINICIUS ABBATE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A brasileira Luzia Monteiro de Souza Procópio, 34, que teve sua entrada proibida na Irlanda na sexta da semana passada, disse que foi agredida e humilhada por policiais irlandeses.
Segundo ela, ao chegar ao serviço de imigração do aeroporto de Dublin, foi chamada de prostituta, agredida e passou por revistas "humilhantes".
Luzia é vendedora, mãe de dois filhos, casada e mora em Itaquera (zona leste). Retornou ao Brasil na quinta, vinda de Portugal. "Eu me vi num filme. Era pra ser um sonho e foi um pesadelo", disse.
Luzia diz que passou pela imigração de Portugal sem transtornos. O problema ocorreu na Irlanda. "Na imigração, começou o pesadelo", disse.
No aeroporto internacional de Dublin, Luzia foi levada para uma sala, onde reviraram suas bagagens e peças íntimas. Depois, foi posta numa van da polícia. "Foi então que percebi que estava sendo presa", disse.
Ela conta que colocaram um brasileiro para falar com ela ao telefone. Disse que essa pessoa explicou que, como ela não tinha passagem para sair da Irlanda, a guarda do país desconfiou que fosse prostituta.
Então, segundo ela, duas policiais femininas, com luvas plásticas, começaram a fazer uma segunda revista. "Foi quando me deram socos no estômago e chutes na perna."
Da Irlanda, Luzia seguiu no dia seguinte para Lisboa, onde ficou por cinco dias, antes de voltar ao Brasil.
A Embaixada da Irlanda no Brasil não comentou o caso. Afirmou que o assunto está dentro do âmbito consular, porque diz respeito à emissão de vistos para estrangeiros.


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