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Desempregado é preso no caso AfroReggae
Homem conhecido como Romarinho confessou, em depoimento, ter participado da morte do coordenador social do grupo
Ele disse que, depois do crime, cometido com um cúmplice, objetos da vítima lhes foram tomados por
dois PMs desconhecidos
DA SUCURSAL DO RIO
O desempregado Rui Mário
Maurício Macedo, 34, o Romarinho, confessou envolvimento
na morte de Evandro João da
Silva, coordenador social do
grupo AfroReggae.
Preso anteontem à noite, Romarinho afirmou que, após o
crime, cometido com um cúmplice, os objetos roubados de
Evandro lhes foram tomados
por dois policiais militares, que
disse não conhecer. O depoimento acabou complicando a
situação do capitão Dennys Bizarro e do cabo Marcos Sales,
suspeitos no caso e que estão
em prisão preventiva.
O advogado dos PMs afirma
que os objetos estavam no chão
e foram jogados fora porque os
dois pensaram ser dos dois
abordados. A polícia não informou se investiga alguma ligação entre os PMs e os ladrões.
Os dois policiais ainda são
acusados de abandonar vítima
sem prestar socorro.
Com quatro prisões anteriores -porte de arma, tráfico de
drogas, corrupção de menores
e furto-, Romarinho admitiu à
polícia que atacou o diretor do
AfroReggae para roubar-lhe o
par de tênis e a jaqueta vermelha. Ele culpou o homem que o
acompanhava, conhecido por
Renge, de ter atirado.
Segundo o preso, às 23h do
dia 17 ele encontrou Renge no
centro para juntos procurarem
quentinhas distribuídas por voluntários. Os dois se depararam, então, com "diversos elementos em atos obscenos".
Romarinho disse à polícia
que eles se indignaram com a
prática de sexo oral por dois homens e notaram que um outro
rapaz, sozinho, observava a cena. Ele contou ter dito a esse
homem: "Qual foi? Você tá na
vadiagem com esses caras aí?
Então perdeu!", partindo para a
vítima com um porrete.
O desconhecido era Evandro,
que, após ficar sem os calçados
e o agasalho, atracou-se com
Romarinho. Quando os dois
caíram, Renge atirou com o revólver que levava. Depois, jogou a arma numa lixeira e fugiu.
As câmeras que filmaram a
ação não confirmam a versão.
Mostram Evandro andando e
os ladrões o seguindo. O ataque
à vítima vem em seguida.
Romarinho disse que logo depois PMs os abordaram, perguntando se escutaram o tiro. Eles
negaram. Então, os policiais teriam pego a jaqueta e o par de tênis, liberando os assaltantes.
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