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São Paulo, sexta-feira, 28 de novembro de 2003

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Campanha antidengue custa R$ 12 mi

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Para tentar evitar uma nova epidemia de dengue no próximo verão e manter o ritmo de queda de casos notificados, acontece amanhã em todo o país o Dia D de mobilização contra a doença.
A campanha vai orientar a população sobre como eliminar os focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. São recipientes que podem acumular água, como pneus velhos, pratos de vasos, caixas d'água sem tampa e garrafas deixadas em terrenos vazios, entre outros.
Serão distribuídos cartazes, faixas e camisetas com o slogan da campanha, feita pelo segundo ano consecutivo, além da divulgação de propaganda em emissoras de rádio e TV e jornais. O Ministério da Saúde vai gastar cerca de R$ 12 milhões na divulgação do Dia D.

Queda
De janeiro a agosto deste ano, o número de casos notificados de dengue no país caiu 61,9%, passando de 768 mil, no mesmo período do ano passado, para 292,6 mil, segundo dados do ministério.
"A redução não significa que possamos abandonar o controle. Estamos chegando à época mais propícia para o aumento de focos, quando há chuva e calor. Agora é o momento em que não podemos baixar a guarda", afirmou ontem o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.
No ano passado, o país registrou a maior epidemia de dengue desde 1998, quando houve 528,4 mil registros. Em 2002, o número saltou para 714,2 mil casos -esse dado ainda é sujeito à alteração.
O Rio foi o Estado com pior desempenho, com 286,8 mil casos no ano passado. Isso representa 40,15% do total no país. O Estado também foi o que apresentou maior redução neste ano -96% de janeiro a agosto, em comparação ao mesmo período de 2002.
O segundo Estado brasileiro com mais registros de dengue no ano passado foi Pernambuco, com 111,1 mil casos.
"Queremos fazer uma mobilização permanente para que a população mude seus hábitos", afirmou o secretário Barbosa.
O ministro da Saúde, Humberto Costa, abrirá as atividades do Dia D às 9h de amanhã em Acari, na cidade do Rio de Janeiro.
Segundo Barbosa, o governo federal, em parceria com municípios, criou um sistema para monitorar os focos do mosquito transmissor da doença em 64 cidades que apresentaram maior número de casos.
Foi criada uma nova metodologia, mais ágil que a adotada pelos Estados e municípios, que leva em consideração amostras aleatórias a cada nove ou 12 domicílios.
Segundo o secretário, dos 64 municípios, 37 enviaram os dados ao governo federal, e os do Rio continuam em situação de alerta.
(LUCIANA CONSTANTINO)


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