|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Campanha antidengue custa R$ 12 mi
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Para tentar evitar uma nova
epidemia de dengue no próximo
verão e manter o ritmo de queda
de casos notificados, acontece
amanhã em todo o país o Dia D de
mobilização contra a doença.
A campanha vai orientar a população sobre como eliminar os
focos do mosquito Aedes aegypti,
transmissor da dengue. São recipientes que podem acumular
água, como pneus velhos, pratos
de vasos, caixas d'água sem tampa e garrafas deixadas em terrenos vazios, entre outros.
Serão distribuídos cartazes, faixas e camisetas com o slogan da
campanha, feita pelo segundo ano
consecutivo, além da divulgação
de propaganda em emissoras de
rádio e TV e jornais. O Ministério
da Saúde vai gastar cerca de R$ 12
milhões na divulgação do Dia D.
Queda
De janeiro a agosto deste ano, o
número de casos notificados de
dengue no país caiu 61,9%, passando de 768 mil, no mesmo período do ano passado, para 292,6
mil, segundo dados do ministério.
"A redução não significa que
possamos abandonar o controle.
Estamos chegando à época mais
propícia para o aumento de focos,
quando há chuva e calor. Agora é
o momento em que não podemos
baixar a guarda", afirmou ontem
o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.
No ano passado, o país registrou a maior epidemia de dengue
desde 1998, quando houve 528,4
mil registros. Em 2002, o número
saltou para 714,2 mil casos -esse
dado ainda é sujeito à alteração.
O Rio foi o Estado com pior desempenho, com 286,8 mil casos
no ano passado. Isso representa
40,15% do total no país. O Estado
também foi o que apresentou
maior redução neste ano -96%
de janeiro a agosto, em comparação ao mesmo período de 2002.
O segundo Estado brasileiro
com mais registros de dengue no
ano passado foi Pernambuco,
com 111,1 mil casos.
"Queremos fazer uma mobilização permanente para que a população mude seus hábitos", afirmou o secretário Barbosa.
O ministro da Saúde, Humberto
Costa, abrirá as atividades do Dia
D às 9h de amanhã em Acari, na
cidade do Rio de Janeiro.
Segundo Barbosa, o governo federal, em parceria com municípios, criou um sistema para monitorar os focos do mosquito
transmissor da doença em 64 cidades que apresentaram maior
número de casos.
Foi criada uma nova metodologia, mais ágil que a adotada pelos
Estados e municípios, que leva em
consideração amostras aleatórias
a cada nove ou 12 domicílios.
Segundo o secretário, dos 64
municípios, 37 enviaram os dados
ao governo federal, e os do Rio
continuam em situação de alerta.
(LUCIANA CONSTANTINO)
Texto Anterior: Doença não está ligada a estresse, dizem estudos Próximo Texto: Panorâmica - Legislativo: Câmara Federal aprova projeto de lei que caracteriza a violência doméstica Índice
|