DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM

O Cedeca (Centro de Defesa da Criança e do Adolescente) Emaús, com sede em Belém, afirmou ontem que a mãe biológica da adolescente, o padrasto e mais cinco irmãos estão recebendo ameaças de morte na localidade onde moram, na Vila do Conde, em Barcarena (123 km da capital paraense).
As ameaças acontecem desde domingo, um dia após a garota ter sido retirada do Pará com o pai biológico pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República. Segundo o advogado do Cedeca, Bruno Guimarães Medeiros, a mãe, Francicléia Félix Alves, 44, afirmou que um carro sem placa ronda a casa dela.
Ontem, ela ligou outra vez desesperada, diz o advogado. "A situação é grave, porque eles não têm para onde ir", afirma.
O ouvidor nacional da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, Fermino Fecchio, também diz que a família da menina corre riscos. "As ameaças partem de policiais daqui."
Medeiros diz que o Cedeca pediu apoio à governadora Ana Júlia Carepa (PT), mas que nenhuma providência foi tomada.
A Secretaria da Justiça e Direitos Humanos do Pará afirmou ontem que era feita à noite uma reunião para discutir a inclusão da família no Provita, Programa Federal de Assistência a Vítimas e a Testemunhas Ameaçadas.
Um carro da Polícia Militar, no entanto, faz uma guarda em frente à casa 24 horas, segundo a secretaria. (KB)

Colaborou SÍLVIA FREIRE, da Agência Folha


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