DO "AGORA"

A gráfica Sandra Cristina de Souza, 31, preferiu aguardar mais para evitar ter que "disputar a tapa" um lugar no ônibus com outros passageiros: "Levar bordoada logo cedo não está no meu script".
Os transtornos provocados pela greve causaram filas, atrasos e empurra-empurra nos terminais de ônibus da cidade. Muitos dos que dependem desse tipo de transporte para chegar ao trabalho desistiram.
A auxiliar de limpeza Maria Alzerina Freitas Jorge, 49, desistiu de ir ao trabalho depois de esperar mais de uma hora pelo ônibus em Cidade Tiradentes (zona leste). "Sempre chego ao ponto cedo, porque sei que não dá para confiar em ônibus, mas hoje não vai dar."
Acostumada a esperar 20 minutos pelo ônibus, Maria Helena Tomás de Aquino, 40, teve de aguardar duas horas e meia até finalmente conseguir um ônibus, às 7h, num ponto da avenida São Miguel (zona leste). "Todos os outros ônibus estavam tão lotados que nem paravam."
Os funcionários da viação Santa Brígida, temendo a pressão dos sindicalistas, chamaram a PM para garantir a saída dos ônibus, na madrugada de ontem. Com a presença de três carros de polícia em frente à garagem da Vila Jaguará, os ônibus saíram. A empresa opera em 70 linhas com 750 carros.


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