São Paulo, quarta-feira, 29 de abril de 2009

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Melhor pública não faz rodízio de professor

Em SP, escola da Vila Mariana lidera ranking das estaduais, tem 90% dos professores concursados e a mesma diretora há nove anos

Colégio oferece sala de informática, biblioteca e quadras que os alunos podem utilizar mesmo fora do período escolar


DA REPORTAGEM LOCAL

A estabilidade de professores e diretores é uma das razões para a Escola Estadual Maestro Fabiano Lozano, na Vila Mariana (zona sul), ter obtido o melhor desempenho no Enem entre as estaduais da capital, segundo a vice-diretora Sônia Maria Zarantonelli.
No ranking de todas as escolas do país -privadas e públicas- ela está na 337ª posição.
A direção é a mesma há nove anos e só a diretora, Eliete Alves, está no cargo há 14 anos. "Temos 90% dos professores concursados, que não rodam de escola em escola. Isso faz com que a equipe seja comprometida, sólida", afirma Sônia.
O colégio da Vila Mariana oferece sala de informática, biblioteca e quadras que os alunos podem usar mesmo fora do período escolar -o mesmo vale para os docentes.
De acordo com a diretora, os computadores são utilizados como em uma lan house, em que os alunos podem usar gratuitamente a conexão com a internet por meia hora.
"É bom porque nem todo mundo pode fazer isso em casa", diz Sara Soares Pereira de Almeida, 17, aluna do terceiro ano do ensino médio e monitora da sala de informática.
Para ela, o bom desempenho obtido pela escola no Enem é fruto também do esforço individual. "A escola dá o básico e o aluno tem que correr atrás do resto", afirma.
Atividades extracurriculares -inclusive com uma ONG voltada a melhorar a autoestima dos alunos-, treinamentos esportivos e passeios a museus e teatros também são atrativos.

Cobaia
Sara, que vai prestar o Enem neste ano, se diz apreensiva com o novo exame, que deve substituir a primeira fase do vestibular em universidades federais. "A gente vai ser meio cobaia, mas acho que vai melhorar a chance de aprovação".
Para a vice-diretora Sônia, o novo formato tem a vantagem de, ao eliminar um exame, poupar o aluno de passar por mais um estresse. Mas, segundo ela, é preciso tomar cuidado para que não vire uma "miniFuvest", em que a capacidade de raciocínio é pouco exigida. "Não adianta saber conteúdo sem saber aplicá-lo", diz.
Em 2008, a escola fez pela primeira vez um simulado do Enem. O teste deve ser aplicado novamente.


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