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Prefeitura ameaça multar empresas
As responsáveis pela coleta, por sua vez, culpam a prefeitura pela sobrecarga das cooperativas de catadores
Segundo a prefeitura, as empresas já foram notificadas 14 vezes e podem receber multas superiores a R$ 1 mi
DE SÃO PAULO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A Secretaria Municipal de
Serviços informou que vai
multar as empresas Loga e
Ecourbis por falhas na coleta
seletiva de lixo.
Já as empresas culpam a
prefeitura pelo problema,
pois, segundo elas, as cooperativas "têm operado no limite de sua capacidade".
A solução, na visão das
empresas, é a ampliação do
número de cooperativas de
reciclagem credenciadas para aumentar a capacidade de
processamento desse lixo.
Segundo a prefeitura, as
empresas já receberam 14 notificações por irregularidades na coleta. Esse é o primeiro passo do processo que pode culminar em multas superiores a R$ 1 milhão.
A prefeitura informou
também que, nos próximos
três meses, seis novas cooperativas serão credenciadas e,
até o fim do ano, outras cinco
receberão credencial.
Até dezembro, diz a prefeitura, serão construídas três
novas centrais de triagem do
lixo reciclável, em convênio
com o governo federal.
PARADO
Quando o caminhão da
Loga quis descarregar 2,89
toneladas de lixo reciclável
na Cooperação, na Vila Leopoldina, às 14h de ontem, teve que esperar.
Como já havia acontecido
cinco vezes antes, o galpão
da cooperativa estava lotado.
Graças ao recolhimento de
um carregamento cheio de
agulhas, a Loga pôde esvaziar sua coleta seletiva duas
horas e meia depois.
Na última terça-feira, isso
não foi possível.
O caminhão chegou às 9h
e, como não tinha espaço, esperou até as 16h30, por ordem da empresa.
Ainda sem lugar para colocar a carga, a cooperativa entregou uma declaração, seguindo modelo fornecido pela Limpurb, dizendo que não
poderia receber o material. E
o lixo, então, "dormiu" na
garagem da Loga.
Naquele dia, com o caminhão em espera, moradores
da Subprefeitura de Pinheiros viram seu lixo reciclável
ser recolhido como comum.
É o que observou Antônio
Anjos Filho, zelador de um
prédio na rua Girassol, na Vila Madalena (zona oeste),
que lamentava pelos 1.200 litros de material reciclável,
armazenado durante a semana, que foram parar no caminhão de lixo comum.
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