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Nova vítima reconhece e acusa o motoboy
da Reportagem Local
A secretária D., 21, reconheceu o
motoboy Francisco de Assis Pereira como sendo o homem que a
violentou em 9 de junho de 97 no
parque do Estado (zona sudeste).
Ela depôs anteontem à noite no
DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa).
Há duas semanas, em contato
por telefone com sua família, o
motoboy se disse inocente. Segundo o delegado Sérgio Alves, que
apura o caso, a secretária afirmou
que conheceu o motoboy na fila de
um cartório em uma travessa da
avenida Paulista (região central).
D. disse que foi abordada por Pereira. Ele teria dito que ela era bonita e perguntado se ela não queria
posar para fotografias do catálogo
de uma empresa de cosméticos.
Esse foi o mesmo pretexto usado
para atrair as outras cinco mulheres que acusaram o motoboy.
Uma das mulheres assassinadas
no parque, Raquel Mota Rodrigues, 23, também foi atraída ao local com essa proposta.
O motoboy teria pedido o telefone da secretária e marcado um encontro, às 19h30, na estação São
Judas do metrô (zona sudoeste).
Ao revê-la, Pereira teria dito que ia
receber um cachê de R$ 150 para
levá-la ao parque e ela ganharia R$
200 pelas fotografias.
Os dois foram de motocicleta até
a mata. De acordo com ela, quando chegaram ao km 16 da rodovia
Imigrantes, o comportamento do
motoboy se transformou. Agindo
violentamente, ele a obrigou a entrar na trilha da mata.
Após uma longa caminhada,
disse D., ele a obrigou a praticar
sexo oral e anal e também a teria
espancado. A secretária disse que
permaneceu várias horas como refém do motoboy.
Antes de deixá-la, Pereira a teria
amarrado com as mãos para trás.
"Ele disse que ia deixar o nó frouxo para que ela pudesse soltá-lo",
afirmou o delegado.
Segundo ele, o acusado disse
também para a vítima que ela só
não ia morrer porque havia sido
"boazinha", mas que a mataria
caso ela tentasse segui-lo.
A secretária conseguiu se soltar
e, ao sair da mata, apanhou um
ônibus e foi para casa. Ao depor,
ela disse que, na época, não registrou a queixa do caso porque foi
destratada pelos policiais que estavam de plantão na delegacia do
bairro onde mora.
(MG)
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