São Paulo, sexta-feira, 29 de setembro de 2006

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Problemas travam disputa desde 2002

DA REPORTAGEM LOCAL

Os contratos de varrição, firmados em abril de 2002, vêm sendo prorrogados em razão das alegadas dificuldades da Secretaria de Serviços de realizar a licitação para o serviço, um dos mais vultuosos da Prefeitura de São Paulo.
Na licitação concluída ontem, o valor anual chega a R$ 223,4 milhões. Caso os contratos cheguem a cinco anos, como permite o edital, alcançará R$ 1,1 bilhão. A licitação, cujo primeiro edital foi lançado em novembro de 2005, só ocorreu após a prefeitura adaptar o edital às exigências do TCM (Tribunal de Contas do Município), que suspendeu o processo em julho. Com isso, foram mantidos os contratos de emergência.
O TCM já havia anulado, em razão de falhas no edital e suspeita de irregularidades feitas às empresas interessadas, em abril de 2005, outra licitação para o serviço de varrição, aberta na gestão da ex-prefeita Marta Suplicy (PT).
Suspeitas cercavam a licitação. Em novembro de 2004, a Folha revelou que telefonemas interceptados pelo Ministério Público de Ribeirão Preto (SP) indicaram que empresários concorrentes do setor se articularam e trocaram informações entre si sobre as licitações da varrição.
As conversas envolviam os três ex-dirigentes da empresa de lixo do grupo Leão & Leão, entre os quais Rogério Buratti, ex-assessor do então ministro Antonio Palocci.
Procurados, os envolvidos desclassificaram o conteúdo das gravações, feitas com ordem judicial.


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