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Homens divorciados se casam mais que mulheres
JANAINA LAGE
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
Homens divorciados se casam mais do que as mulheres
na mesma situação, segundo o
IBGE. O instituto também
mostra que os separados e viúvos estão "roubando" o espaço
do solteiros nas uniões registradas no cartórios.
Aumentou o número de casamentos entre divorciados e
mulheres solteiras -de 4,1% do
total de uniões em 1995 para
6,3% em 2005. É o tipo de arranjo mais comum depois dos
casamentos entre solteiros.
Também aumentou o número de divorciadas que se casam
com solteiros -1,7% em 1996
para 3,1% em 2006. Os divorciados também passaram a se
casar mais entre si: 2% do total
de uniões registradas em 2006,
contra 0,9% em 1996.
"Todos esses arranjos envolvendo divorciados avançaram
sobre a forma mais comum de
união, que é entre pessoas solteiras", disse Claudio Dutra
Crespo, técnico do IBGE.
As uniões entre homens e
mulheres solteiros são ainda
majoritárias -85,9% do total
de casamentos realizados em
2005, segundo a Síntese de Indicadores Sociais, do IBGE.
Ano a ano, porém, o percentual
cai. Era de 91,2% em 1996.
O instituto pesquisa sempre
o número de uniões anuais e os
arranjos-solteiros entre si etc.
Nos dois últimos anos, após
longo período de queda, a taxa
de casamentos voltou a crescer
-ou seja, as pessoas estão se casando mais no país.
O número de casamentos a
cada 1.000 pessoas subiu de
6,2% em 2004 para 6,3% em
2005. Em 2003, havia sido de
5,8%. Em 1995, ficara em 6,8%.
A idade média dos homens no
primeiro casamento era de 28
anos e, das mulheres, 25.
Ainda assim, os divórcios
ainda crescem num ritmo mais
acelerado do que os matrimônios. O total de separações aumentou 7,4%, enquanto o de
casamentos subiu 3,6%.
Segundo o IBGE, a maioria
dos divórcios ocorre de forma
consensual. Dentre os que acabam de modo litigioso, as causas mais freqüentes são a violência e o adultério: 45% das separações foram provocadas por
"conduta desonrosa" ou "grave
violação do casamento" e ocorreram por pedido da mulher.
O Sudeste foi a região onde
mais cresceu o número de separações (21,8%). Segundo o
instituto, em 2005, a taxa de divórcios atingiu 1,3 por 1.000, o
que representa uma expansão
ante os últimos anos -desde
1990, ela se mantinha na faixa
de 1 por 1.000.
"A violência contra a mulher
é ainda um problema muito
grande, que leva ao fim de muitas uniões", disse Ana Lúcia Sabóia, coordenadora da Síntese
de Indicadores Sociais.
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