DA REPORTAGEM LOCAL

Jacira Pereira Gomes cancelou várias consultas nas últimas semanas para a filha Jaqueline, 12, que faz tratamento no Instituto da Criança do Hospital das Clínicas. Jaqueline sofre de anemia falciforme e não poderia interromper o tratamento, mas a família, que mora na zona norte, não tinha o dinheiro para o pagar o metrô.
Terezinha Martins, 37, portadora do vírus HIV, mora na Penha e é acompanhada no centro de tratamento do posto de São Judas, na zona norte. Nas últimas semanas, uma doença oportunista obrigou-a a ir todos os dias ao posto. "Tive que emprestar dinheiro para pagar o metrô, pois sei das consequências de interromper esse tratamento", diz.
Segundo ela, vítimas de doenças oportunistas não conseguem trabalho e devem comparecer todo dia ao ambulatório, sob risco de ter a enfermidade agravada.


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