DA REPORTAGEM LOCAL

Quando foi anunciada a descentralização da Febem, em março deste ano, a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) definiu em 150 dias o prazo para que as 41 novas unidades ficassem prontas. Na ocasião, o governo afirmou que as obras não atrasariam porque seriam realizadas em terrenos do próprio Estado, fora da capital.
Passados mais de sete meses, porém, a realidade é bem diferente. A resistência por parte dos municípios em receber as unidades foi apontada pela Febem como o principal fator para o atraso.
Até o momento, a instituição assinou o contrato para a construção de apenas nove unidades, enquanto outras 16 estão em licitação. De acordo com a assessoria de imprensa da Febem, o governo espera receber as demais áreas das prefeituras para atingir a meta de 41 unidades, o que possibilitaria a desativação completa do complexo do Tatuapé.
O Estado realizará a desativação do complexo em duas etapas. A primeira será feita assim que as 25 novas unidades -as nove que têm contrato e as 16 em licitação- estiverem prontas, o que está previsto para ocorrer em abril de 2006. Serão desativadas oito unidades do complexo e no local será construído um parque.
Com as 25 novas unidades, o governo pretende reduzir o número de adolescentes no Tatuapé dos atuais 1.450 para cerca de 400.


Texto Anterior: Juventude encarcerada: Em dia de rebelião, Alckmin diz que vai atrasar desativação
Próximo Texto: Doença sob suspeita: Rio investiga morte por "febre do carrapato"
Índice