DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

Em menos de dez anos, a cidade do Guarujá, no litoral paulista (87 km da capital), foi cenário de, ao menos, cinco casos de repercussão envolvendo políticos.
O mais conhecido deles foi a condenação do ex-prefeito Ruy Gonzalez (1993-1996) por assalto a banco, formação de quadrilha e seqüestro. Em 2002, ele foi condenado a 57 anos de prisão e continua cumprindo a pena.
Desde que foi preso, Gonzalez se diz vítima. Ele nega pertencer à quadrilha ou ter participado -mesmo que indiretamente- do assalto.
O ex-prefeito foi acusado de envolvimento no caso depois que a polícia encontrou, na casa dele, o produto do roubo, os carros e as armas usados na ação e parte dos acusados pelo crime.
Além desse caso, dois vereadores da cidade foram assassinados. Um deles foi Orlando Falcão, morto com três tiros em 1997. O outro foi Ernesto Pereira, também morto a tiros em 2001. A investigação da polícia identificou o acusado desse homicídio e concluiu que Pereira foi vítima de crime passional.
Em maio deste ano, o ex-presidente da Câmara José Nilton Lima de Oliveira, o Doidão, teve seu mandato cassado após ser condenado a quatro meses e 20 dias de prisão, em regime aberto, por injúria e difamação.
Antes de se eleger vereador, em 2004, Doidão ainda teve de provar que era alfabetizado por não ter apresentado nenhum comprovante de escolaridade.
No início de setembro, veio à público o suposto esquema de corrupção envolvendo vereadores da cidade, que ficou conhecido como "mensalinho do Guarujá".
Em imagens divulgadas pela imprensa, o então presidente da Câmara Municipal aparece dando dinheiro a parlamentares. (MC)


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