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Profissional já perdeu "quantia assustadora"
DA REPORTAGEM LOCAL
Aos 27 anos, o carioca Christian Kruel é o brasileiro mais
conhecido no mundo do pôquer. É o único que figura no
ranking da Card Player, a maior
revista sobre o jogo no mundo,
e faz parte de um grupo restrito
de jogadores profissionais no
país. CK, como é conhecido
Christian Kruel entre os jogadores de Texas Hold'em, é um
ídolo do pôquer no Brasil.
Antes de aderir ao Hold'em,
Kruel jogava gamão. Aos 14
anos já era campeão brasileiro.
Aos 18, tirava boa parte de seu
sustento em jogos na internet.
Foi assim até que o filme
"Cartas na Mesa", de John
Dahl, despertou em CK a paixão pelo pôquer. Ele tinha, então, 21 anos e ficou fascinado
pelo Texas Hold'em, modalidade de pôquer com a qual o personagem Mike McDermott, representado por Matt Damon,
ganha prêmios milionários.
Kruel, então estudante de
economia na Universidade Federal do Rio de Janeiro, resolveu se dedicar ao pôquer. Ele
passou um ano mergulhado na
análise de estratégias do hold'em e, nesse tempo, perdeu no
pôquer o que ganhou no gamão.
Até que a sorte virou e ele começou a ganhar jogos na internet. "Nesse momento senti que
que estava preparado." CK largou emprego e faculdade para
se dedicar apenas ao pôquer.
"Em cada 100 pessoas que
começam a jogar, uma vai sobreviver no mundo profissional do pôquer", diz o jogador.
Até CK, conhecido por sua coragem e pelo jogo agressivo, já
perdeu muito dinheiro. "Não
me lembro o valor nem poderia
falar, porque é uma quantia assustadora. Tive que ficar um
ano reconstruindo tudo. Tive
que colocar a cabeça no lugar.
Não é fácil", admite.
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