São Paulo, domingo, 29 de outubro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Jogo afeta o cérebro, afirma psiquiatra

DA REPORTAGEM LOCAL

Para Hermano Tavares, coordenador do Amjo (Ambulatório do Jogo Patológico) do Instituto de Psiquiatria da USP, a banalização do jogo é uma armadilha. "Uma pessoa passa em um bar às 10h, vê um garoto de 13 anos bebendo vodka e se escandaliza. Mas a mesma pessoa que passa em um bar e vê uma criança em uma máquina de caça-níquel nem percebe que há algo errado. Isso deveria causar o mesmo escândalo", afirma Tavares.
"O jogo, como as drogas, afeta o funcionamento cerebral. Com adolescentes é ainda pior porque o cérebro ainda está em formação", diz o cientista.
Daniel Spritzer, especialista em psiquiatria da infância e adolescência da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, diz que jogos de habilidade, especialmente o pôquer, são mais atraentes para jovens do sexo masculino, por envolver maior participação e mais crenças disfuncionais de controle. Spritzer afirma que a taxa de jogadores patológicos é de duas a quatro vezes maior em adolescentes do que em adultos. (MT)


Texto Anterior: Garotos usam cheque do pai e vendem bens para pagar dívidas
Próximo Texto: 331 vetos "travam" a pauta de votação da Câmara de São Paulo
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.