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OUTRO LADO
Problema era maior em cadeias, afirma o governo
DA AGÊNCIA FOLHA, EM DIADEMA
O secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, admite que os
CDPs estão superlotados.
Mas, argumenta, houve
avanços em relação à situação das carceragens e cadeias, já que a superlotação
dos CDPs é menor do que
era nas unidades fechadas.
"Chegamos a desativar
carceragens com 600%,
700% e até 800% de superlotação", disse o secretário, no
dia 17, na inauguração do
33º CDP, em Diadema.
"Claro que não chegamos
a um ponto ideal, mas o
avanço é constatado numericamente. Não se trata da
minha opinião. Quem saiu
de 800% e agora tem no máximo 141% [de superlotação] indiscutivelmente teve
avanço", afirmou.
Furukawa criticou governos anteriores ao do PSDB.
Disse que a construção de
CDPs se fez necessária, pois
"deixaram que as cadeias
públicas se deteriorassem,
sem as mínimas condições
de funcionamento, algumas
chegando a ser interditadas
pela Justiça".
O secretário apontou que
desde 1999, quando assumiu
a secretaria, cerca de R$ 500
milhões foram investidos na
construção de presídios, o
que fez o sistema carcerário
paulista saltar de 62 para 138
unidades. Elas abrigam 120
mil presos, a maior população carcerária do país. O déficit é de cerca de 20 mil vagas. Segundo ele, 10 mil vagas em presídios serão abertas em 2006, quando serão
gastos de R$ 200 milhões.
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