São Paulo, terça-feira, 29 de novembro de 2005

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OUTRO LADO

Problema era maior em cadeias, afirma o governo

DA AGÊNCIA FOLHA, EM DIADEMA

O secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, admite que os CDPs estão superlotados. Mas, argumenta, houve avanços em relação à situação das carceragens e cadeias, já que a superlotação dos CDPs é menor do que era nas unidades fechadas.
"Chegamos a desativar carceragens com 600%, 700% e até 800% de superlotação", disse o secretário, no dia 17, na inauguração do 33º CDP, em Diadema.
"Claro que não chegamos a um ponto ideal, mas o avanço é constatado numericamente. Não se trata da minha opinião. Quem saiu de 800% e agora tem no máximo 141% [de superlotação] indiscutivelmente teve avanço", afirmou.
Furukawa criticou governos anteriores ao do PSDB. Disse que a construção de CDPs se fez necessária, pois "deixaram que as cadeias públicas se deteriorassem, sem as mínimas condições de funcionamento, algumas chegando a ser interditadas pela Justiça".
O secretário apontou que desde 1999, quando assumiu a secretaria, cerca de R$ 500 milhões foram investidos na construção de presídios, o que fez o sistema carcerário paulista saltar de 62 para 138 unidades. Elas abrigam 120 mil presos, a maior população carcerária do país. O déficit é de cerca de 20 mil vagas. Segundo ele, 10 mil vagas em presídios serão abertas em 2006, quando serão gastos de R$ 200 milhões.


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