|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SAÚDE
Segundo o MPF, contratos somavam R$ 8,6 milhões
Grupo acusado de fraudar licitações em hospital do Rio é denunciado
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
O Ministério Público Federal
denunciou ontem 11 integrantes
de uma quadrilha acusada de
fraudar licitações no Into (Instituto Nacional de Traumato-Ortopedia), no Rio, entre 1997 e 2001. É o
mesmo instituto onde o ex-diretor Sérgio Côrtes recebeu ameaças de morte em 2003 após tentar
mudar procedimentos de licitações que eram ganhas sempre por
várias quadrilhas que atuavam
em cartel para fraudar licitações.
Entre as fraudes identificadas
estão 11 obras superfaturadas, uso
de próteses públicas em pacientes
privados sem sua reposição, perda de próteses adquiridas no exterior e desaparecimento de bens
comprados irregularmente.
Segundo o MPF, os denunciados se envolveram em contratos
que somam R$ 8,6 milhões e desviaram recursos do orçamento do
Into para empresas privadas.
Entre os denunciados, estão seis
servidores demitidos do Into, entre eles o ex-diretor-geral Paulo
Cesar Rondinelli. Além dos servidores, também foram denunciados cinco representantes legais de
fornecedores do instituto e empresas de engenharia que prestavam serviço ao Into. Eles responderão por peculato, corrupção
passiva, falsificação, fraude em licitação pública e formação de
quadrilha.
A investigação começou depois
que dois relatórios de auditoria
do Denasus (Departamento Nacional de Auditoria do Sistema
Único de Saúde) apontaram irregularidades em licitações.
Quando assumiu a direção geral
do Into, em 2002, Côrtes começou
a revisar 50 contratos de licitação.
A partir de 2003, passou a receber
ameaças. Hoje, ele tem proteção
da Polícia Federal.
Para os procuradores federais, a
Fundação Pró-Into (órgão de
apoio ao instituto) permitia o desvio de próteses do instituto em
prol de pacientes que tinham planos de saúde. Esses pacientes pagavam pelas próteses, mas o valor
não era repassado ao Into.
As próteses seriam adquiridas
sempre das mesmas empresas de
fachada, que seriam, em sua
maioria, administradas por "laranjas". Entre os denunciados está o ex-diretor da fundação Pró-Into Joaquim Pizzolante.
A denúncia foi recebida pela 4ª
Vara Federal Criminal do Rio.
Texto Anterior: Álcool em xeque: 96% querem restrição a anúncio Próximo Texto: Fila de espera: Mercadão de SP será zona azul no estacionamento Índice
|