São Paulo, quinta-feira, 29 de novembro de 2007

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Em velório, diretor de associação de docentes cobra ação das autoridades

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
DA AGÊNCIA FOLHA

Professores, alunos, políticos e dezenas de moradores de Rondonópolis compareceram ontem ao cemitério da Vila Aurora, onde aconteceu o velório dos professores da UFMT assassinados anteontem à noite.
O diretor da Associação dos Docentes da UFMT, Antônio Gonçalves, disse que, em 32 anos de serviço público, jamais havia presenciado tamanha violência. "Estou abismado. Foi ação precisa, profissional." Segundo ele, a entidade pretende convocar hoje uma assembléia extraordinária para discutir o caso e votar um documento de repúdio. "É preciso, agora, cobrar uma ação rápida das autoridades", disse.
O professor Alessandro Luís Fraga não tinha família em Rondonópolis. Seu corpo foi levado para Catanduva (SP).
Segundo Silvana de Campos, servidora do setor administrativo da UFMT e amiga de Soraiha Miranda de Lima, "todos estão muito assustados" com o episódio.
Ela não acredita na hipótese aventada pela polícia de o crime ter sido "encomendado". "Acho que não tem nada a ver. Pode ter sido assalto, a pessoa podia estar drogada. A Soraiha era uma pessoa maravilhosa, sem inimigos e interessada no crescimento de todos."
A irmã de Soraiha, Suildi Miranda, também contraria a polícia. "O que a gente tem é que foi um assalto. Não podemos ir além disso. Até porque levaram a bolsa dela."
A prefeitura decretou luto oficial de três dias. A UFMT suspendeu aulas ontem e hoje. Na entrada do campus, foi colocada uma faixa em sinal de luto.


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