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Presidente adia o anúncio de plano para aeroportos
Nelson Jobim aguardou por 1 h, mas Lula foi receber grão-duque de Luxemburgo
Medidas elaboradas pela secretaria de Aviação Civil para evitar atrasos nos aeroportos devem ser conhecidas na terça-feira
FELIPE SELIGMAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Por um "problema" de agenda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva adiou para a próxima
terça-feira o anúncio de um
plano de contingência para evitar atrasos nos aeroportos durante as férias de final de ano.
As medidas seriam apresentadas ontem pelo ministro Nelson Jobim (Defesa), que esteve
no Palácio do Planalto pela manhã, na companhia da economista Solange Vieira, secretária
de Aviação Civil.
Depois de esperar por cerca
de uma hora, porém, Jobim foi
informado de que a prioridade
de Lula seria receber o grão-duque Henri de Luxemburgo.
O plano foi elaborado pela
equipe chefiada por Solange. O
cargo ocupado pela economista
foi criado por Jobim para acomodá-la enquanto sua indicação para a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) não sai.
À Folha Jobim afirmou que
a decisão de adiar o anúncio foi
de comum acordo entre ele e o
presidente, já que Lula poderia
conceder no máximo 30 minutos a Jobim, que alegou precisar de mais tempo para a apresentação de todas as medidas.
O ministro também disse
que encaminharia ainda ontem
à Casa Civil o nome de Solange
para a diretoria da Anac. Após
mais de dois meses desde que
foi anunciada como a futura
presidente da agência, só agora
o nome dela poderá ser enviado ao Senado, onde precisará
ser sabatinada.
A assessoria do Ministério da
Defesa anunciou ontem algumas das medidas do plano. Basicamente, o governo busca alternativas para os aeroportos
de São Paulo. De acordo com
Jobim, estará no plano a construção da terceira pista de
Cumbica e a definição de tarifas aeroportuárias. O plano começa a valer a partir de 21 de
dezembro e deve ser encerrado
em 15 de março de 2008.
Em Congonhas, as principais
medidas são a antecipação das
23h para as 22h30 do horário
máximo para a programação de
pousos e decolagens -o que
deve valer para Cumbica; o aumento no valor das tarifas cobradas às companhias aéreas
por tempo de aeronave em solo
e a diminuição de slots (permissões para pousos e decolagens), dos atuais 33 para 30 por
hora. Antes do acidente da
TAM, eram 64 pousos e decolagens/hora. Em relação às tarifas, o governo espera estimular
as companhias a procurar aeroportos ociosos, como o Galeão (RJ) e Confins (MG).
Colaborou VALDO CRUZ
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