São Paulo, quinta-feira, 29 de novembro de 2007

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Presidente adia o anúncio de plano para aeroportos

Nelson Jobim aguardou por 1 h, mas Lula foi receber grão-duque de Luxemburgo

Medidas elaboradas pela secretaria de Aviação Civil para evitar atrasos nos aeroportos devem ser conhecidas na terça-feira

FELIPE SELIGMAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Por um "problema" de agenda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva adiou para a próxima terça-feira o anúncio de um plano de contingência para evitar atrasos nos aeroportos durante as férias de final de ano.
As medidas seriam apresentadas ontem pelo ministro Nelson Jobim (Defesa), que esteve no Palácio do Planalto pela manhã, na companhia da economista Solange Vieira, secretária de Aviação Civil.
Depois de esperar por cerca de uma hora, porém, Jobim foi informado de que a prioridade de Lula seria receber o grão-duque Henri de Luxemburgo.
O plano foi elaborado pela equipe chefiada por Solange. O cargo ocupado pela economista foi criado por Jobim para acomodá-la enquanto sua indicação para a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) não sai.
À Folha Jobim afirmou que a decisão de adiar o anúncio foi de comum acordo entre ele e o presidente, já que Lula poderia conceder no máximo 30 minutos a Jobim, que alegou precisar de mais tempo para a apresentação de todas as medidas.
O ministro também disse que encaminharia ainda ontem à Casa Civil o nome de Solange para a diretoria da Anac. Após mais de dois meses desde que foi anunciada como a futura presidente da agência, só agora o nome dela poderá ser enviado ao Senado, onde precisará ser sabatinada.
A assessoria do Ministério da Defesa anunciou ontem algumas das medidas do plano. Basicamente, o governo busca alternativas para os aeroportos de São Paulo. De acordo com Jobim, estará no plano a construção da terceira pista de Cumbica e a definição de tarifas aeroportuárias. O plano começa a valer a partir de 21 de dezembro e deve ser encerrado em 15 de março de 2008.
Em Congonhas, as principais medidas são a antecipação das 23h para as 22h30 do horário máximo para a programação de pousos e decolagens -o que deve valer para Cumbica; o aumento no valor das tarifas cobradas às companhias aéreas por tempo de aeronave em solo e a diminuição de slots (permissões para pousos e decolagens), dos atuais 33 para 30 por hora. Antes do acidente da TAM, eram 64 pousos e decolagens/hora. Em relação às tarifas, o governo espera estimular as companhias a procurar aeroportos ociosos, como o Galeão (RJ) e Confins (MG).


Colaborou VALDO CRUZ

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