São Paulo, quinta-feira, 29 de novembro de 2007

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Para controladores, punições podem causar nova crise

DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA

O sindicato dos controladores de vôo no Brasil acredita na possibilidade de uma nova crise aérea no período das férias deste ano e início de 2008 por conta do afastamento nesta semana de 18 operadores experientes pela Aeronáutica.
Controladores militares prestes a completar cinco anos de serviço foram punidos sob a acusação de terem participado do motim nacional de 30 de março, quando cruzaram os braços para protestar contra a sobrecarga de trabalho, falhas nos equipamentos e pela desmilitarização do setor.
Apesar de existirem outros controladores antigos prontos para assumir os postos vagos, fontes da FAB (Força Aérea Brasileira) acreditam também na possibilidade de as "lideranças subversivas" serem substituídas por operadores novatos. Alguns se formaram em junho, após um ano e meio de preparo, e a última turma de novos controladores sairá daqui a dez dias. O empecilho, alegam os sindicalistas, é que os "calouros" precisarão ser supervisionados até completarem três anos à frente dos consoles dos radares dos Cindactas (Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo).
"Vamos rezar para não bater avião, né?", afirmou o controlador civil Sérgio Marques, porta-voz e conselheiro fiscal da Febracta (Federação Brasileira das Associações de Controladores de Tráfego Aéreo), que representa 2.200 operadores.
A Aeronáutica afirmou que não sabia dizer qual o perfil dos controladores que ficariam no lugar dos afastados. Disse, porém, que "não haverá comprometimento nas operações de tráfego aéreo no país" devido ao afastamento.
Ainda de acordo com a Aeronáutica, dos 18 afastados, 11 são do Cindacta 2 de Curitiba (PR) e sete do 1, em Brasília (DF). (KLEBER TOMAZ e DIMITRI DO VALLE)


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