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Para controladores, punições podem causar nova crise
DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA
O sindicato dos controladores de vôo no Brasil acredita na
possibilidade de uma nova crise aérea no período das férias
deste ano e início de 2008 por
conta do afastamento nesta semana de 18 operadores experientes pela Aeronáutica.
Controladores militares
prestes a completar cinco anos
de serviço foram punidos sob a
acusação de terem participado
do motim nacional de 30 de
março, quando cruzaram os
braços para protestar contra a
sobrecarga de trabalho, falhas
nos equipamentos e pela desmilitarização do setor.
Apesar de existirem outros
controladores antigos prontos
para assumir os postos vagos,
fontes da FAB (Força Aérea
Brasileira) acreditam também
na possibilidade de as "lideranças subversivas" serem substituídas por operadores novatos.
Alguns se formaram em junho,
após um ano e meio de preparo,
e a última turma de novos controladores sairá daqui a dez
dias. O empecilho, alegam os
sindicalistas, é que os "calouros" precisarão ser supervisionados até completarem três
anos à frente dos consoles dos
radares dos Cindactas (Centros
Integrados de Defesa Aérea e
Controle de Tráfego Aéreo).
"Vamos rezar para não bater
avião, né?", afirmou o controlador civil Sérgio Marques, porta-voz e conselheiro fiscal da Febracta (Federação Brasileira
das Associações de Controladores de Tráfego Aéreo), que
representa 2.200 operadores.
A Aeronáutica afirmou que
não sabia dizer qual o perfil dos
controladores que ficariam no
lugar dos afastados. Disse, porém, que "não haverá comprometimento nas operações de
tráfego aéreo no país" devido
ao afastamento.
Ainda de acordo com a Aeronáutica, dos 18 afastados, 11 são
do Cindacta 2 de Curitiba (PR)
e sete do 1, em Brasília (DF).
(KLEBER TOMAZ e DIMITRI DO VALLE)
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