São Paulo, domingo, 29 de novembro de 1998

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Agente se sente perseguido

da Agência Folha,

em Presidente Prudente Segundo pesquisas realizadas pela Academia Penitenciária, cerca de 30% dos agentes de segurança dos presídios apresentam sinais de alcoolismo. Um em cada dez sofre de distúrbios psicológicos.
Mesmo nos horários de folga, os agentes se sentem perseguidos por ex-detentos e perdem a confiança de andar nas ruas.
"Você entra um cara normal. Com dois anos já tem outra personalidade. Aos cinco, só com tratamento psicológico", afirma Carlos Roberto de Souza Sant'Anna, 47, presidente do sindicato que reúne os agentes do oeste do Estado.
O sindicalista diz que há problemas com o alcoolismo, mas nega que os agentes incentivem rebeliões para boicotar diretores.
Apesar de considerar os agentes "despreparados", Sant'Anna é contra as mudanças que vêm sendo implantadas na formação técnica e acha que os novatos deveriam passar por estágio com agentes experientes. Essa idéia é atacada por pesquisadores da Unesp e pela Academia Penitenciária porque, acreditam, o caráter violento dos agentes seria perpetuado.



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