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Promotor prepara ação contra prefeitura por falta de controle
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Para o promotor de meio ambiente de São Paulo, José
Eduardo Ismael Lutti, não há
controle, por parte dos órgãos
públicos, da quantidade de
água do lençol freático que é
bombeada.
"O Daee [Departamento de
Águas e Energia Elétrica] não
tem controle, a prefeitura não
tem controle, ninguém tem
controle", diz.
Por isso, ele pretende entrar
com uma ação civil pública
contra a Prefeitura de São Paulo para que a atividade seja controlada.
"É uma obrigação da prefeitura. Ela que deu autorização
para a construção dos edifícios,
ela que tem que controlar", argumenta.
O promotor defende que a
prefeitura não autorize mais
nenhum tipo de bombeamento
que não seja feito exclusivamente durante o período de
construção dos edifícios.
Para evitar que continue
após a construção, os prédios
deveriam ser feitos com paredes estanques, que são mais
profundas que os subsolos, o
que evitaria que a água do lençol atingisse as garagens.
Custo
A solução, no entanto, é mais
cara, o que pesa na decisão de
algumas construtoras. De acordo com Maurício Bianchi, vice-presidente do Sinduscon-SP
(Sindicato da Indústria da
Construção Civil do Estado de
São Paulo), o metro quadrado
de uma parede convencional
custa R$ 250. O de uma parede
estanque, entre R$ 500 e
R$ 700. E a área da parede estanque tem que ser de duas a
quatro vezes maior.
"Existe uma série de conseqüências por causa da irresponsabilidade dessas pessoas
[construtoras], que pensam
única e exclusivamente no lucro", afirma o promotor. "Essa
água [bombeada] não tem utilidade, é desperdiçada. E hoje,
pelo menos na região metropolitana de São Paulo, [a água] é
um dos bens mais caros que
tem. Nós importamos cerca de
50% [do que consumimos] para
que ela seja tratada e vendida à
população."
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