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Motociclistas morreram 14% mais em 2006
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O número de mortes de
motociclistas no Brasil aumentou 14% de 2005 para
2006, de 5.974 para 6.829. O
dado contraria a queda verificada de um ano para o outro nas mortes por acidente
de transporte, de 4%.
Os números se referem a
todas as modalidades de
transporte -aéreo, por carro, de bicicleta, marítimo,
pedestres etc.
A cidade onde mais pessoas morreram em acidentes
de transporte, em 2006, foi
Barra do Turvo, em São Paulo, que registrou taxa de
273,4 mortos por 100 mil habitantes.
Em segundo lugar, aparece
Peixoto de Azevedo, em Mato Grosso, local onde, em 29
de setembro daquele ano, o
vôo 1907 da Gol colidiu com
o jato Legacy, matando 154
pessoas. A taxa do município
é de 203,2.
Já Barbalha, no Ceará,
ocupa o terceiro lugar no
ranking, com índice 183,4, e
São Gonçalo do Rio Abaixo, o
quarto, com taxa de 179.
Se considerado o período
de 1994 a 2006, houve um
aumento de 19% no número
de mortes por acidente de
transporte em geral-depois
de anos de alta, elas passaram a cair após o Código de
Trânsito Brasileiro (1998),
voltaram a subir a partir de
2000 e caíram entre 2005 e
2006. O estudo não descarta,
porém, que essa queda seja
resultado de problemas na
captação dos dados.
Após a apresentação do
dado ontem, no "Mapa da
Violência dos Municípios
Brasileiros 2008", o secretário-executivo do Ministério
da Justiça, Luiz Paulo Barreto, disse que a pasta estuda
aumentar as multas para
motociclistas nas propostas
de modificação das regras de
trânsito. "Estudos que têm
chegado ao ministério mostram que o aumento das
multas pode coibir a prática
de infrações", afirmou.
Ele atribuiu os acidentes
com motociclistas também
ao "trânsito caótico" das
grandes cidades e ao tempo
curto que os condutores têm
para realizar entregas.
O anúncio das medidas, segundo ele, deverá ser feito
amanhã pelo ministro Tarso
Genro (Justiça).
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