São Paulo, terça-feira, 30 de abril de 2002

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Dragagem poderá ser proibida

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

Uma reunião no próximo dia 10 entre promotores do Ministério Público Estadual da Baixada Santista poderá resultar em uma ação civil pública destinada a proibir novamente a dragagem do canal do estuário de Santos, por onde entram e saem os navios que atracam no maior porto do país.
As operações de dragagem revolvem os sedimentos contaminados depositados no fundo do mar. Essa movimentação espalha a contaminação, atingindo locais até então livres de poluição.
Além disso, há risco à saúde pública. A contaminação de peixes e organismos aquáticos do estuário por poluentes químicos provenientes principalmente do pólo industrial de Cubatão ficou comprovada em estudo da Cetesb divulgado em agosto.
O promotor Fernando Akaoui, de São Vicente, disse que defenderá na reunião com seus colegas o ajuizamento da ação "para proibir a dragagem da forma como vem sendo feita". Segundo ele, a obra deveria ser precedida de um estudo de impacto ambiental.
Em fevereiro, após três meses de proibição, a Cetesb liberou a dragagem de um trecho do canal depois de a Codesp (administradora do porto) apresentar uma análise do teor de contaminação dos sedimentos que indicava um nível aceitável de poluição.
A Codesp necessita dragar periodicamente o canal. Se ele tiver profundidade suficiente, o porto se torna incapaz de receber navios de grande porte. (FS)


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