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Dragagem poderá ser proibida
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
Uma reunião no próximo dia 10
entre promotores do Ministério
Público Estadual da Baixada Santista poderá resultar em uma ação
civil pública destinada a proibir
novamente a dragagem do canal
do estuário de Santos, por onde
entram e saem os navios que atracam no maior porto do país.
As operações de dragagem revolvem os sedimentos contaminados depositados no fundo do mar. Essa movimentação espalha
a contaminação, atingindo locais
até então livres de poluição.
Além disso, há risco à saúde pública. A contaminação de peixes e
organismos aquáticos do estuário
por poluentes químicos provenientes principalmente do pólo
industrial de Cubatão ficou comprovada em estudo da Cetesb divulgado em agosto.
O promotor Fernando Akaoui,
de São Vicente, disse que defenderá na reunião com seus colegas
o ajuizamento da ação "para proibir a dragagem da forma como
vem sendo feita". Segundo ele, a
obra deveria ser precedida de um
estudo de impacto ambiental.
Em fevereiro, após três meses de
proibição, a Cetesb liberou a dragagem de um trecho do canal depois de a Codesp (administradora
do porto) apresentar uma análise
do teor de contaminação dos sedimentos que indicava um nível
aceitável de poluição.
A Codesp necessita dragar periodicamente o canal. Se ele tiver
profundidade suficiente, o porto
se torna incapaz de receber navios
de grande porte.
(FS)
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