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Amigas estão entre clientes de socialite
DA REVISTA DA FOLHA
O Fasano e o Glamurama são,
respectivamente, um restaurante
e um site freqüentado pelos "high
end" de São Paulo. A expressão
em inglês designa o pináculo da
escala social e financeira no contexto herdeiros ou bem-sucedidos. Foi usada pela própria entrevistada, Cristiana Barros, 33, ou
Cris Barros, para explicar a clientela de sua grife de mesmo nome.
"Hoje não existe mais a figura
da socialite que fica em casa tomando banho de espuma e não
faz nada; tenho amiga advogada,
esportista, DJ, uma trabalha no
(banco) Pactual, estudou em Harvard", diz.
A grife é a coisa mais importante da vida de Cris desde que ela
voltou de uma pós-graduação em
moda em Milão, há 11 anos. As
roupas são luxuosas, a cara da dona. "Faço modelos que eu usaria.
A mulher tem de aparecer mais
do que a roupa", decreta a estilista, que, para ajudar, é alta (1,70
m), magra (50 kg), bem nascida,
linda e rica.
Todo esse intróito para dizer,
sem desmerecer a dedicada Cris,
que parte do sucesso de sua marca
vem do incrível trânsito dela no
circuito Fasano-Glamurama.
Quem não a conhece, ali, está desgraçadamente fora do eixo.
Evidentemente, Cris não gosta
de começar a conversa por essa
parte, preferindo falar de sua
maior paixão, o trabalho: ela está
sem namorado no momento.
Mas como a reportagem é, digamos, sobre o glacê do bolo, ou a
parte mais leve no árduo cotidiano de Cris, a conversa acabou
evoluindo para sua imagem de
"celebridade entre os happy-few
(poucos felizes)".
Cris sorri com os dentes alvos,
vincando ligeiramente a testa,
com ar de sofrimento, mas acaba
pegando o portfólio de fotos de
clientes-amigas (ou amigas-clientes?). Começa o "name dropping"
(ato de citar só o primeiro nome
do colunável, supondo que basta): "A Didi (Wagner) eu conheço
desde antes de ela se tornar VJ",
diz, virando a página da pasta.
"A Astrid (Monteiro de Carvalho, socialite) é amiga, sim. Ela e o
Marcos (Campos, marido de Astrid, dono da boate Lotus, em cuja
pista os "high end" costumam
dançar)." A lista de retratados é
grande: Maythe (Birman, dona da
Arezzo), Regina (de Moraes, filha
de Antônio Ermírio) e o marido,
Sérgio (Wibe); Carola (Diniz, filha
de Alcides); Heleninha (Bordon),
filha de Donata (Meirelles, da
Daslu, mulher de Nizan Guanaes), Rose (mulher do arquiteto
Roberto Bratke)."
Ainda por cima, as roupas só
são vendidas em uma loja (fora
um "corner" na Daslu, é claro).
Preocupada, ela diz: "Ter amigos ajuda, mas não é suficiente. A
roupa tem de ter qualidade e vestir bem, senão não tem amiga que
compre", ressalva. A loja fica na
"baixa Oscar Freire" -entre a rua
Ministro Rocha Azevedo e alameda Casa Branca, faixa "recém-descoberta" pelo comércio chique.
Diz que sai apenas uma vez por
semana, adora artistas plásticos e
jantar com pequenos grupos de
amigos. O restaurante? "Olha, não
é porque eu conheço o Gero (Rogério Fasano), mas adoro os restaurantes dele."
Fã de Scott Fitzgerald, escritor
norte-americano que retratou a
alta sociedade nova-iorquina e
parisiense no início do século passado, Cris inspirou-se no livro
"Belos e Malditos" para desenhar
sua última coleção. "Adoro a efervescência social da época", diz.
Demorô!
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