São Paulo, domingo, 30 de abril de 2006

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Amigas estão entre clientes de socialite

DA REVISTA DA FOLHA

O Fasano e o Glamurama são, respectivamente, um restaurante e um site freqüentado pelos "high end" de São Paulo. A expressão em inglês designa o pináculo da escala social e financeira no contexto herdeiros ou bem-sucedidos. Foi usada pela própria entrevistada, Cristiana Barros, 33, ou Cris Barros, para explicar a clientela de sua grife de mesmo nome.
"Hoje não existe mais a figura da socialite que fica em casa tomando banho de espuma e não faz nada; tenho amiga advogada, esportista, DJ, uma trabalha no (banco) Pactual, estudou em Harvard", diz.
A grife é a coisa mais importante da vida de Cris desde que ela voltou de uma pós-graduação em moda em Milão, há 11 anos. As roupas são luxuosas, a cara da dona. "Faço modelos que eu usaria. A mulher tem de aparecer mais do que a roupa", decreta a estilista, que, para ajudar, é alta (1,70 m), magra (50 kg), bem nascida, linda e rica.
Todo esse intróito para dizer, sem desmerecer a dedicada Cris, que parte do sucesso de sua marca vem do incrível trânsito dela no circuito Fasano-Glamurama. Quem não a conhece, ali, está desgraçadamente fora do eixo.
Evidentemente, Cris não gosta de começar a conversa por essa parte, preferindo falar de sua maior paixão, o trabalho: ela está sem namorado no momento. Mas como a reportagem é, digamos, sobre o glacê do bolo, ou a parte mais leve no árduo cotidiano de Cris, a conversa acabou evoluindo para sua imagem de "celebridade entre os happy-few (poucos felizes)".
Cris sorri com os dentes alvos, vincando ligeiramente a testa, com ar de sofrimento, mas acaba pegando o portfólio de fotos de clientes-amigas (ou amigas-clientes?). Começa o "name dropping" (ato de citar só o primeiro nome do colunável, supondo que basta): "A Didi (Wagner) eu conheço desde antes de ela se tornar VJ", diz, virando a página da pasta.
"A Astrid (Monteiro de Carvalho, socialite) é amiga, sim. Ela e o Marcos (Campos, marido de Astrid, dono da boate Lotus, em cuja pista os "high end" costumam dançar)." A lista de retratados é grande: Maythe (Birman, dona da Arezzo), Regina (de Moraes, filha de Antônio Ermírio) e o marido, Sérgio (Wibe); Carola (Diniz, filha de Alcides); Heleninha (Bordon), filha de Donata (Meirelles, da Daslu, mulher de Nizan Guanaes), Rose (mulher do arquiteto Roberto Bratke)."
Ainda por cima, as roupas só são vendidas em uma loja (fora um "corner" na Daslu, é claro).
Preocupada, ela diz: "Ter amigos ajuda, mas não é suficiente. A roupa tem de ter qualidade e vestir bem, senão não tem amiga que compre", ressalva. A loja fica na "baixa Oscar Freire" -entre a rua Ministro Rocha Azevedo e alameda Casa Branca, faixa "recém-descoberta" pelo comércio chique.
Diz que sai apenas uma vez por semana, adora artistas plásticos e jantar com pequenos grupos de amigos. O restaurante? "Olha, não é porque eu conheço o Gero (Rogério Fasano), mas adoro os restaurantes dele."
Fã de Scott Fitzgerald, escritor norte-americano que retratou a alta sociedade nova-iorquina e parisiense no início do século passado, Cris inspirou-se no livro "Belos e Malditos" para desenhar sua última coleção. "Adoro a efervescência social da época", diz.
Demorô!


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