São Paulo, quarta-feira, 30 de abril de 2008

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Pensão não paga faz Flávio Maluf ter prisão decretada

Se houver pagamento em juízo, ordem será suspensa

LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Justiça da 1ª Vara de Família e Sucessões do Fórum de Pinheiros, de São Paulo, decretou ontem a prisão preventiva do empresário Flávio Maluf, 46, filho do ex-prefeito e deputado federal Paulo Maluf (PP), pela falta de pagamento da pensão à ex-mulher dele, Jacqueline Coutinho Torres Maluf, 42.
Em primeira instância, a Justiça havia fixado uma mensalidade de R$ 217 mil -a maior registrada no país entre os acordos de pensão que se tornaram públicos. No processo, ela alegou que deveria manter o mesmo padrão de vida que tinha quando era casada com Flávio.
Em fevereiro, o empresário obteve uma vitória no Tribunal de Justiça, que reduziu a quantia mensal para R$ 100 mil, a contar do dia 1º de março.
A Folha apurou que Flávio propôs pagar o novo valor (R$ 100 mil) também para os meses de janeiro e fevereiro, no lugar dos R$ 217 mil, o que a ex-mulher não aceitou. O empresário, então, pediu na Justiça a aplicação retroativa da quantia.
A reportagem apurou que até o início da noite de ontem, Flávio, que é presidente da Eucatex, não havia sido intimado. A ordem de prisão se extingue com o pagamento em juízo.
O casal, que se separou há um ano e quatro meses, tem três filhos: uma adolescente de 18 anos que estuda em Londres, um menino de 15 anos que mora com Flávio na casa de Maluf e um de 14 anos que reside com a mãe. A pensão é exclusiva para Jacqueline, já que o empresário paga as despesas dos filhos à parte.
Esta é a terceira ordem de prisão decretada contra Flávio por falta de pagamento da pensão alimentícia. Nas duas ocasiões anteriores, o empresário depositou os valores e a detenção foi extinta.
O recorde anterior entre os acordos de pensão que se tornaram públicos tinha sido o de Patrícia Rollo, ex-mulher de Ricardo Mansur: R$ 80 mil mensais. Um acordo permitiu que a quantia desembolsada fosse um pouco menor.
Em 2005, Flávio e o pai ficaram presos durante 40 dias sob acusação de tentar influenciar o depoimento de um dos réus, num processo sobre suposta evasão de divisas e formação de quadrilha. Pai e filho negam ter praticado qualquer ato ilícito.

Outro lado
Flávio Maluf informou ontem que irá processar os responsáveis pelo vazamento de informações sigilosas do processo de separação.
A notícia sobre a decretação da prisão foi divulgada em blog na internet, no final da tarde.
A advogada dele, Gladys Maluf Chamma (apesar do sobrenome, não são parentes), entrará com recurso para tentar suspender o mandado de prisão.
Segundo a reportagem apurou, o empresário defende a redução do valor da pensão exigida pela ex-mulher.


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