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Pensão não paga faz Flávio Maluf ter prisão decretada
Se houver pagamento em juízo, ordem será suspensa
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
A Justiça da 1ª Vara de Família e Sucessões do Fórum de Pinheiros, de São Paulo, decretou
ontem a prisão preventiva do
empresário Flávio Maluf, 46, filho do ex-prefeito e deputado
federal Paulo Maluf (PP), pela
falta de pagamento da pensão à
ex-mulher dele, Jacqueline
Coutinho Torres Maluf, 42.
Em primeira instância, a Justiça havia fixado uma mensalidade de R$ 217 mil -a maior registrada no país entre os acordos de pensão que se tornaram
públicos. No processo, ela alegou que deveria manter o mesmo padrão de vida que tinha
quando era casada com Flávio.
Em fevereiro, o empresário
obteve uma vitória no Tribunal
de Justiça, que reduziu a quantia mensal para R$ 100 mil, a
contar do dia 1º de março.
A Folha apurou que Flávio
propôs pagar o novo valor (R$
100 mil) também para os meses de janeiro e fevereiro, no lugar dos R$ 217 mil, o que a ex-mulher não aceitou. O empresário, então, pediu na Justiça a
aplicação retroativa da quantia.
A reportagem apurou que até
o início da noite de ontem, Flávio, que é presidente da Eucatex, não havia sido intimado. A
ordem de prisão se extingue
com o pagamento em juízo.
O casal, que se separou há
um ano e quatro meses, tem
três filhos: uma adolescente de
18 anos que estuda em Londres, um menino de 15 anos
que mora com Flávio na casa
de Maluf e um de 14 anos que
reside com a mãe. A pensão é
exclusiva para Jacqueline, já
que o empresário paga as despesas dos filhos à parte.
Esta é a terceira ordem de
prisão decretada contra Flávio
por falta de pagamento da pensão alimentícia. Nas duas ocasiões anteriores, o empresário
depositou os valores e a detenção foi extinta.
O recorde anterior entre os
acordos de pensão que se tornaram públicos tinha sido o de
Patrícia Rollo, ex-mulher de
Ricardo Mansur: R$ 80 mil
mensais. Um acordo permitiu
que a quantia desembolsada
fosse um pouco menor.
Em 2005, Flávio e o pai ficaram presos durante 40 dias sob
acusação de tentar influenciar
o depoimento de um dos réus,
num processo sobre suposta
evasão de divisas e formação de
quadrilha. Pai e filho negam ter
praticado qualquer ato ilícito.
Outro lado
Flávio Maluf informou ontem que irá processar os responsáveis pelo vazamento de
informações sigilosas do processo de separação.
A notícia sobre a decretação
da prisão foi divulgada em blog
na internet, no final da tarde.
A advogada dele, Gladys Maluf Chamma (apesar do sobrenome, não são parentes), entrará com recurso para tentar suspender o mandado de prisão.
Segundo a reportagem apurou, o empresário defende a redução do valor da pensão exigida pela ex-mulher.
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