DO "AGORA"

O vale do Anhangabaú e a região da rua Santa Ifigênia são os próximos alvos da operação montada pela prefeitura para impedir o trabalho de camelôs irregulares no centro. A ação nesses dois locais ainda não tem data para começar, mas será feita assim que a situação na região da 25 de Março estiver resolvida.
Desde anteontem, cem fiscais, 180 guardas-civis e cem PMs fazem plantão na região da 25 de Março para impedir que ambulantes sem licença armem suas barracas. No resto do centro, estão 550 fiscais e 120 guardas civis metropolitanos (GCMs).
Segundo o secretário das Subprefeituras, Antônio Donato, "a ação será expandida para o vale do Anhangabaú e a Santa Ifigênia assim que a ocupação na 25 de Março estiver consolidada, o que deve acontecer em uma semana".
Funcionários da prefeitura passaram o dia perseguindo ambulantes ilegais, ontem, no segundo dia de fiscalização ostensiva na região da 25 de Março.
Os fiscais -acompanhados por guardas-civis e PMs- ocuparam as principais vias. Depois, passaram cerca de nove horas literalmente correndo atrás dos ilegais.
A caçada começou cedo, ainda de madrugada, quando os camelôs, que ocupavam vários quarteirões da 25, passaram a se concentrar entre a Senador Queiroz e a rua Paula Sousa.
"Não queremos confronto", disse o coordenador da ação, Wilson Aparecido de Oliveira. "Amanhã ocuparemos o trecho antes deles."
Apesar do esforço físico dos fiscais, muitos camelôs irregulares se amontoavam em alguns locais, como na ladeira Porto Geral.
Segundo Donato, a ação para impedir a atividade dos irregulares será feita diariamente até o fim do atual governo. "Não se trata de uma blitz episódica. Será uma ação permanente."
A secretaria diz ter até o dia 19 para organizar o comércio ambulante no centro, conforme determinação judicial. Se não conseguir, terá de pagar multa diária de R$ 10 mil.


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