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Diferença regional é barreira, diz governo
Combate à mortalidade infantil em regiões como a Amazônia Legal é o grande desafio, diz Ministério da Saúde
Em SP, governo diz que o nº de leitos de UTIs neonatais cresceu 211% em dez anos, apesar de ainda haver deficit
DA REPORTAGEM LOCAL
O Ministério da Saúde diz
que a queda na taxa da mortalidade neonatal está caindo ano a ano e que o grande
"salto de qualidade" acontecerá quando o país enfrentar
as desigualdades regionais.
O maior desafio hoje está
no Nordeste e na Amazônia
Legal, onde os índices de
mortes infantis são maiores
do que a média nacional.
Um pacto firmado entre o
governo federal e os governadores e prefeitos dessas regiões visa reduzir em 5% a
mortalidade infantil. O investimento previsto é de R$ 110
milhões em ações concentradas em 256 municípios.
Também há investimentos
para abertura de 775 leitos de
UTI e 1.446 leitos de UCI (Unidade de Cuidado Intensivo)
Neonatal e para a qualificação do parto e melhoria da
atenção à gestante e ao bebê.
Segundo o médico Adson
França, assessor especial do
ministro José Gomes Temporão (Saúde), o acesso ao pré-natal está sendo ampliado.
"Na década de 90, tínhamos uma média de 2,2 consultas por gestante. Agora,
em 2009, estamos com 6,6
consultas. A OMS [Organização Mundial da Saúde] diz
que deve ter o mínimo de 6."
Já que o país tem "dimensões continentais", diz ele, é
preciso "levar médicos qualificados a todos os lugares".
Daremos um salto de qualidade maior ainda quando
enfrentarmos as desigualdades regionais", diz.
UTIS PAULISTAS
Questionado sobre a carência de UTIs em hospitais
paulistas, a Secretaria de Estado da Saúde diz que o número de leitos de UTI neonatal em SP cresceu 211% nos
últimos dez anos.
Dos 654 novos, 262 foram
referem-se a leitos criados
em hospitais da secretaria.
"Considerando-se os 60% de
população SUS-dependente,
segundo dados da própria
ANS (Agência Nacional de
Saúde Suplementar), SP enquadra-se no parâmetro do
governo federal, de 2 leitos a
cada mil nascidos vivos."
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