da Reportagem Local

Dez anos depois de terem conquistado a autonomia administrativa, as três universidades estaduais de São Paulo -USP, Unicamp e Unesp- enfrentam dificuldades para fechar as contas.
A explicação é simples: no projeto de autonomia implementado, ficou estabelecido que o pagamento dos salários dos funcionários e professores aposentados e da ativa seria extraído do orçamento global das universidades.
Como o número de aposentados cresceu muito nos últimos anos, as instituições estão com o orçamento comprometido pelo pagamento dos inativos (que chega a consumir até a faixa dos 80% a 90% das verbas disponíveis).
Outra dificuldade provém da flutuação dos recursos. As verbas destinadas às universidades paulistas estão atreladas à arrecadação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) no Estado -elas ficam com 9,57% do que foi arrecadado. Se a arrecadação cai, as universidades perdem dinheiro.
Devido à falta de recursos, as estaduais paulistas fizeram, no início deste ano, uma série de cortes em obras, em manutenção e em investimentos, o que, na avaliação de seus dirigentes pode prejudicar, inclusive, os projetos de expansão de oferta de vagas e a realização de pesquisas.
A solução para o impasse, na avaliação dos reitores, passa pela retirada do pagamento dos aposentados do orçamento. (MAv)


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