DA SUCURSAL DO RIO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O secretário estadual de Administração Penitenciária, Astério Pereira dos Santos, disse que os ferimentos em Fabiano de Oliveira Costa foram provocados por sua mulher, a advogada Fernanda Neiva, e por ele próprio.
Segundo ele, Santos contou ao agente penitenciário identificado apenas como Natanael que os arranhões em seu pescoço resultaram de uma briga com a mulher durante uma visita ao presídio.
"São arranhões típicos de unha", disse ele, acrescentando que Costa não queria ir ao IML para ser submetido a exame corporal. "Ele teve que ir obrigado."
Santos afirmou ainda que a queimadura no rosto foi provocada, involuntariamente, pelo próprio preso, que teria dormido com um cigarro aceso.
"Ele não apanhou, felizmente", disse, para quem a advogada e o procurador Leonardo Cardoso Freitas "articularam" a versão da agressão para transferir o preso.
Procurado pela Folha, Cardoso Freitas não havia sido encontrado até a conclusão desta edição.
O secretário estadual de Direitos Humanos, João Luiz Duboc Pinaud, decidiu, após reunião com dirigentes da Corregedoria Geral Unificada, investigar o caso.
Pinaud e Santos se desentenderam no decorrer das investigações sobre a morte de Chan.
Com base em laudo do IML, Pinaud declarou que Chan havia sido torturado. Santos criticou a declaração. (FC/ST)


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