São Paulo, quinta-feira, 30 de setembro de 2004

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VIOLÊNCIA

Anestesista é esfaqueada na Pompéia

DO "AGORA"

A anestesista Ciliane Feriolli Alves, 40, foi esfaqueada ontem por volta da meia-noite em seu apartamento na Pompéia (zona oeste de São Paulo). Ciliane recebeu cerca de 30 golpes e está internada em estado grave. De acordo com a polícia, o acusado do crime é o namorado da médica, Márcio José Barros, 28, que está foragido.
A tentativa de homicídio aconteceu no 5º andar do condomínio Happy Place ("lugar feliz", em inglês), na rua Doutor Miranda de Azevedo, por volta da 0h.
Barros já estaria no apartamento quando a médica chegou, por volta das 23h30. Pouco depois da meia-noite, ele foi flagrado pelas câmeras do circuito interno de TV do condomínio enquanto entrava calmamente no elevador e deixava o prédio no Renault Scénic da anestesista.
A médica foi esfaqueada dentro do apartamento e arrastou-se até o corredor, onde apertou o botão do elevador. A câmera do prédio registra o momento em que o elevador chega ao andar e Ciliane, ferida, não consegue entrar.
A vítima, então, bateu na porta de uma vizinha, que ligou para a portaria. O zelador Ezequiel Costa, 39, subiu ao quinto andar e encontrou a anestesista caída, com as duas mãos sobre o tórax e abdome, aparentemente tentando conter o sangramento.
"Ela estava consciente e pediu: "Chame o resgate para mim, com urgência'", afirmou o zelador. A médica foi socorrida no Hospital das Clínicas, onde passou por cirurgia. Seu quadro clínico era estável, embora grave. A arma do crime não foi localizada.

Acusado
Por volta de 0h40, segundo Costa, Barros ligou para a portaria do edifício e perguntou sobre o estado da mulher. Quando o porteiro lhe disse que ele havia "pisado na bola" por esfaquear a namorada, Barros teria dito: "Se fosse você, teria feito o mesmo".
Horas depois, o Renault Scénic da anestesista foi encontrado parcialmente carbonizado na rua Major Diogo, na Bela Vista (região central da cidade).
O casal estava junto desde fevereiro do ano passado. Divorciada, a médica tem uma filha de sete anos, que não estava no apartamento na hora do crime. Alves trabalhava como anestesista em vários hospitais e atendia como homeopata em sua clínica.


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