São Paulo, sábado, 30 de outubro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Eleitos esclarecem fim de projetos

DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-governador Orestes Quércia diz não se lembrar com precisão das duas promessas de sua campanha que a Folha menciona -a Casa da Criança e os Cieps paulistas. Os projetos foram publicados em diversos jornais na época da campanha com informações fornecidas pela assessoria do então candidato. "Onde você leu isto? Eu nunca falei dessas coisas, que eu me lembre. Não que eu seja contra", afirma Quércia, hoje presidente estadual do PMDB.
Ele ressaltou que foi um dos melhores governadores na área. "Fiz uma obra gigantesca, atendendo a mais de 200 mil crianças."
O ex-governador Luiz Antônio Fleury Filho, hoje deputado federal pelo PTB, diz que não foi possível implantar a inspeção veicular em seu governo por causa de problemas legais. "Não havia uma legislação federal para definir se a responsabilidade pelo programa era estadual ou das prefeituras."
Paulo Tromboni, secretário-adjunto de Transportes do governo Alckmin, diz que houve uma previsão "muito otimista" durante a gestão Covas sobre o prazo de conclusão do Rodoanel. "Achamos que seria possível fazer os três trechos ao mesmo tempo. Mas há dificuldades ambientais e financeiras", afirma. As obras do próximo trecho, o sul, devem começar até junho de 2005. Não há previsão para a conclusão dos novos trechos. Miguel Calderaro, chefe-de-gabinete da Secretaria de Estado do Trabalho, que coordena o Banco do Povo, diz que há municípios que não demonstraram interesse no programa -o que explicaria o fato de a meta não ter sido atingida. "As prefeituras têm que entrar com 10% dos recursos. Nem todas querem."
Ademar Gianini, secretário de Transportes da gestão Erundina, diz que o Dose-dupla foi retirado de circulação porque sua manutenção era muito mais cara que a de ônibus comuns. "Os ônibus de dois pisos não tinham utilidade prática, mas sim uma função de marketing." Os 37 veículos de piso duplo circularam regularmente de setembro de 1988 a dezembro de 1989, a maioria pelo corredor da avenida Nove de Julho.
A assessoria de Paulo Maluf diz que o ex-prefeito manteve os mutirões de Erundina cujas obras não estavam embargadas.


Texto Anterior: Palanque de massa: Mundo real desafia promessa de campanha
Próximo Texto: Palanque de massa: Foco nos sonhos leva ao voto, diz publicitário
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.