São Paulo, quinta-feira, 30 de outubro de 2008

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Policiais civis do Rio querem que os paulistas os "treinem" para fazer greve

LUISA BELCHIOR
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA ONLINE, NO RIO
ITALO NOGUEIRA
DA SUCURSAL DO RIO

Policiais paulistas estão preparando os colegas do Rio para uma greve de policiais civis fluminenses. A execução do acordo iniciou anteontem, quando policiais do Rio estiveram em SP recebendo orientações sobre como organizar a paralisação de duas horas de ontem.
No período entre 14h e 16h, cerca de 50 policiais se reuniram em frente à chefia da Polícia Civil, no centro do Rio, com faixas e broches com as cores da bandeira de São Paulo, em apoio aos colegas paulistas.
Na assembléia, o Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis do Estado do RJ) anunciou que iniciará uma greve em menos de 30 dias. A data de início será decidida em um ato marcado para 17 de novembro na porta do prédio onde mora o governador Sérgio Cabral, no Leblon.
Em troca do apoio dos colegas fluminenses, alguns policiais de SP, segundo o presidente do Sinpol, Fernando Bandeira, chegarão ao Rio nos próximos dias para articular uma greve nos moldes da paulista.
A intenção, de acordo com o inspetor Marcelo Barros, que estava no grupo que foi a São Paulo anteontem, é unificar as duas paralisações. "A gente já vinha conversando, mas agora decidimos transformar o movimento em nacional. Será apoio mútuo", contou.
A principal reivindicação dos policiais do Rio é a extensão para inspetores, investigadores e comissários de uma gratificação concedida em 2001 pelo governo do Estado a delegados. Segundo o sindicato, o bônus, prometido por Sérgio Cabral, aumenta entre 50% a 70% os vencimentos dos agentes.
Procurada pela Folha, a chefia da Polícia Civil não se manifestou sobre a paralisação.


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