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Prefeitura de SP suspende contrato com frigorífico
DO "AGORA"
A Secretaria Municipal da
Saúde informou ontem, por
meio de nota, que suspendeu o
contrato com o frigorífico fechado ontem pela polícia no
Parque São Lucas (zona leste).
A empresa é acusada de vender
mais de 50 toneladas de produto com validade vencida.
O Hospital do Servidor Público Municipal, que presta atendimento aos cerca de 162 mil
funcionários municipais, era
abastecido desde 2007 por carnes compradas do frigorífico.
A unidade utilizou nos últimos três anos pelo menos 26,4
toneladas de coxa, sobrecoxa,
linguiça, salsicha, presunto e
mortadela fornecidas pela empresa GS Comercial de Alimentos do Brasil Ltda., num investimento total de R$ 89 mil.
A secretaria afirmou, no entanto, que o contrato com a empresa é recente, de setembro
deste ano, e que não houve nenhum tipo de notificação por
parte da equipe de nutricionistas do hospital em relação à
qualidade dos lotes.
Questionada sobre a existência de outros três contratos, a
pasta disse que se referia apenas ao que estava em vigência.
Das 16 prefeituras de cidades
de São Paulo e de Minas Gerais
que constavam como clientes
em documentos investigados
pela polícia, oito suspenderam
ontem os contratos com a empresa acusada.
Merenda
A Prefeitura de Guarulhos
(Grande SP) informou que almôndegas e salsichas que eram
utilizadas na merenda escolar e
em restaurantes populares foram retiradas do cardápio.
Em Itajubá, em Minas, a prefeitura afirmou que em setembro um carregamento de frango chegou descongelado e a administração suspendeu o fornecimento.
A Prefeitura de Santo André
(ABC), que estava entre as cidades citadas pela polícia, afirmou que não comprou alimentos da empresa.
Na sede da GS Comercial de
Alimentos do Brasil, ninguém
atendeu aos telefonemas da reportagem, que também não
conseguiu localizar os advogados da empresa.
Ontem, pelo menos 25 toneladas de carne vencida foram
retiradas do frigorífico para serem inutilizadas.
(FLÁVIA MARTINS Y MIGUEL)
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