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ADMINISTRAÇÃO
18 funcionários e ex-funcionários com declarações de renda incompatíveis com o salário devem prestar esclarecimento
Servidores terão de explicar rendimentos
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois de investigar por quase
cinco meses declarações de renda
de 90 servidores e ex-servidores
municipais suspeitos de irregularidade e de sonegação fiscal, a Receita Federal e a Prefeitura de São
Paulo descobriram que pelo menos 18 delas apresentaram dados
totalmente incompatíveis com a
renda e seus salários.
Essas 18 pessoas -que não tiveram seus nomes revelados- serão intimadas pela Receita Federal e terão de prestar esclarecimentos sobre essas movimentações ainda este ano. Outras 16 farão isso em 2003. Outros 30 casos
ainda estão pendentes e outros 26
foram arquivados.
No caso desses 18 servidores
acusados, quatro estão aposentados -sendo que três deles já tiveram a aposentadoria cassada-,
cinco foram demitidos, um exonerado e oito afastados. Um dos
exemplos citados pelos procuradores da República é de um funcionário que declarou uma renda
de R$ 17 mil em 2000, mas movimentou naquele ano R$ 205 mil.
Em outro caso, um dos investigados conseguiu dobrar o valor de
seus bens. De R$ 470 mil para R$
849 mil em dois anos.
Caso não consigam provar a
origem desses rendimentos, os investigados responderão pelo crime de sonegação fiscal -que prevê pena de dois anos a cinco anos
de prisão. O Ministério Público
Estadual também poderá mover
uma ação por improbidade administrativa, que prevê o ressarcimento da quantia desviada aos
cofres públicos, perda do cargo e
cassação dos direitos políticos.
Terão de prestar contas até o final do ano quatro ex-administradores da gestão Pitta, um ex-oficial de manutenção do Serviço
Funerário, cinco agentes vistores,
dois engenheiros, um arquiteto,
quatro médicos que pertenciam
ao PAS (sistema de gestão privada
das unidades de saúde extinto em
2001) e um auxiliar administrativo. Todos foram denunciados por
cobrança de propina.
Para tentar agilizar a investigação de servidores suspeitos, a prefeitura elaborou o projeto chamado de "Via Rápida" -que prevê
afastamento por, no máximo, 120
dias, prazo que deve durar a investigação-, que tramita há dois
meses na Câmara Municipal.
Atualmente, os funcionários
suspeitos são afastados formalmente por 90 dias e esse prazo pode ser prorrogado por tempo indeterminado. Os investigados
continuam recebendo.
Desde a criação da Ouvidoria
do Município, 50 servidores foram demitidos e outros 120 foram
afastados por irregularidades.
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